2022/08/28

Toyota diz que não há procura por carros eléctricos

Um executivo da Toyota nos EUA fez declarações infelizes, dizendo que o mercado ainda não está a pedir carros eléctricos.

Numa altura em que se vai falando das datas para a proibição das vendas de novos carros com motores a combustão, a Toyota parece continuar alheada da realidade e a deixar escapar todas as vantagens que poderia ter tido depois de ter sido pioneira nos híbridos com o Prius.

Nos EUA, um dos seus executivos continua a insistir nos mitos de que a infraestrutura não está pronta para permitir a transição para os eléctricos, de que os eléctricos são caros, e que o mercado não está a pedir carros eléctricos. Isto quando basta olhar para os prazos de entrega de qualquer automóvel eléctrico para se ficar automaticamente esclarecido. Uma posição bastante infeliz, considerando que a Toyota esteve em excelente posição para ser uma marca na vanguarda desta transição, mas tendo desperdiçado por completo tudo o que tinha conseguido com o Prius - em vez disso optando por se aventurar na aposta pelos carros a hidrogénio com o Mirai.

Felizmente, parece que nem todos na Toyota pensam desta forma, e espera-se que o bZ4X possa marcar o início de uma nova era para a Toyota - até porque vai estrear tecnologias inovadoras como o primeiro volante by-wire no mercado, mas antes disso tendo que se assegurar que as rodas se mantêm no veículo.

9 comentários:

  1. Pois não eu já tenho 1. E o meu próximo também vai ser eléctrico.

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  2. A Toyota tem carros hibridos há uns 30 anos, ou seja juntaram tudo o que um carro eletrico precisa com um carro a combustão e ainda se deram ao trabalho de interligar os motores, mas ao fim deste tempo ainda não quiserem fazer um carro eletrico, só mostra que existe algum compromisso obscuro em adiar ao máximo a sua produção. Por isso apesar dos primeiros adeptos de tecnologia verde lhes terem dado o seu dinheiro com os híbridos, o que mereciam era que deixassem de vender carros durante tantos anos quantos os anos que podiam ter um eletrico no mercado e decidiram não o fazer.

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  3. São os únicos a ver o real problema. Espero bem que o hidrogénio dê frutos. Obrigado Toyota!

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    1. rapaz... os carros a hidrogénio são elétricos...

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  4. A Toyota arrisca a ser a Nokia dos automóveis. Investiu nos híbridos sem que ninguém da indústria acompanhasse esse movimento. Agora quer introduzir o hidrogénio, quando a mesma indústria faz a transição para o elétrico. A Toyota mostra, uma vez mais, ter a coragem de seguir um caminho próprio. Mas desta vez irá conseguir?

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  5. O Problema dos eletricos a meu ver está relacionado com o facto de ser imenssas vezes mais demorado os carregamentos vs combustiveis fosseis vs Hidrogenio. Neste momento se tivessemos um aumento consideravel de carros eletrictos a verdade é que a estrutura nao aguentava de todo. Portanto tendo a aceitar que seja necessário multiplicar a atual estrutura de postos de carregamento consideravelmente.
    Por outro lado o Hidrogenio, é super inefeciente de ser produzido. Atualmente a energia produzida pelo Hidrogenio representa somente 30% da energia usada para o produzir. Ou seja, alimentar um electrico para 100km acaba por ser o equivalente a alimentar um carro a Hidrogenio para fazer somente 30km...
    Pros do H2 é poder ser armazenado mais facilmente e alimentar os carros mais rapidamente.
    Cons eficiencia energetica representa somente 30% dos veiculos EV.

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  6. O hidrogénio é bom como "combustível" para produzir eletricidade. A própria Toyota está a testas estações de carregamento de veículos
    elétricos com geradores movidos a hidrogénio. Nisso sim, eu acredito. Penso que nas próximas décadas será inevitável a massificação da chamada "electrificação". Eu, por exemplo, já troquei a minha roçadora a combustão por uma a bateria elétrica e não estou arrependido.

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  7. A humanidade já tentou por duas vezes implementar carros eléctricos, tendo falhado. Esta vai ser a terceira e vai falhar novamente, por motivos óbvios. E, se não bastasse a questão ambiental conjuntamente com os problemas de autonomia, bastará o valor deles em usados, quando se perceber que a troca da bateria custa mais do que o valor do carro.

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  8. Acho que a relutância tem mais a ver com o vector energético. Transmissão elétrica é o caminho, inquestionavelmente. Mas é verdade que estiveram muito tempo sozinhos na travessia do deserto do hidrogénio, e os governos e toda a restante sociedade, viram na proposta do Elon Musk o Alfa e o Ómega do pós-hidrocarbonetos. A meu ver, a tecnologia atual das baterias está longe de ser a ideal, tanto em termos de capacidade, como de vida útil, reciclagem, distribuição geográfica dos recursos, impacto ambiental da mineração, etc. Gostava de ver as baterias nos automóveis como medida stop-gap até o hidrogénio maturar, ainda que seja menos eficiente do ponto de vista energético, nesse cômputo não entra a contaminação de solos para extrair o lítio, os processos industriais intensivos em energia para montar e desmontar baterias, os conflitos que vão ser alimentados à custa disso (vamos ter uma OPEC do lítio e das terras raras a alimentar regimes sanguinários), etc. E de qualquer das formas, o grosso dos transportes como camiões, autocarros, tracores, aviões, embarcações, tudo vai contar com o hidrogénio e não com o lítio. Eu não sou anti-carro-a-baterias, só acho que é no mínimo questionável que encaremos a realidade de 1000 milhões de automóveis com baterias de lítio de têm uma vida útil de (suponhamos) 15 anos.

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