Os sistemas AI como o ChatGPT depressa conquistarão mediatismo, e entre as suas muitas capacidades surgiu a preocupação do impacto que poderá ter no sistema de ensino. Afinal, basta uma simples frase para que o ChatGPT possa produzir todo um trabalho sobre determinado tópico, com infinita variedade, que dificulta o processo dos professores detectarem cópias com o velho "copy paste" directo da Wikipedia ou outros sites da internet. Mas, tal como podem fazer isso, também podem fazer coisas de forma bastante mais adequada.
É isso mesmo que a Khan Academy está a explorar com o seu assistente AI Khanmigo, que usa o GPT-4 mas afinado para funcionar como um explicador sempre à disposição dos estudantes.
Em vez de dar as respostas directas, o Khanmigo pode limitar-se a dar dicas que apontem o estudante no sentido de descobrir a resolução do problema por si mesmo, ao estilo do que faria um explicador humano. E também de explicar porque motivo uma solução é como é. O objectivo é auxiliar todos os estudantes que, de outra forma, nunca teriam acesso a um explicador humano.
Claro que este tipo de sistemas nunca está isento de críticas, e há quem aponte para o risco do assistente AI dar respostas erradas ou até ser "enganado" de forma a dar as respostas completas sem que o aluno tenha percebido a matéria. Mas isso é algo que acaba por também já acontecer no ensino tradicional (não eram preciso computadores para se ter a criatividade de criar todo o tipo de técnicas de "copianço" com que os professores tiveram que ir lidando ao longo das décadas).
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