Já na década de 1960, os engenheiros da Opel testavam os cintos de segurança como um sistema de retenção para salvar vidas nos automóveis. Em Abril de 1968, os Opel Kadett, Admiral e Diplomat, entre outros, podiam ser encomendados com cintos de segurança dianteiros. Em Outubro de 1970, seguiu-se o clássico Manta A coupé. O salva-vidas da Opel também estava disponível de série em modelos desportivos como, por exemplo, no Kadett B Rallye a partir de 1967 e no Commodore A GS um ano mais tarde.
Paralelamente, desde o início, a Opel fez uma campanha activa para a aceitação dos cintos de segurança, assumindo assim um papel pioneiro. Em 1969, os engenheiros da Opel apresentaram os resultados do seu programa de investigação de acidentes a representantes dos meios de comunicação social no Centro de Testes de Dudenhofen. A mensagem mais importante: mais de metade de todas as vítimas de acidentes poderiam ainda estar vivas se tivessem utilizado cintos de segurança. No início de 1972, a direcção da Opel enviou uma carta a todos os funcionários, pedindo-lhes que usassem os cintos de segurança, e ofereceu a todos os funcionários descontos nos cintos para instalação posterior. A oferta revelou-se extremamente popular, tendo sido fornecidos 12.000 conjuntos num curto espaço de tempo.
O público em geral mostrou-se um pouco mais relutante em aceitar o cinto de segurança como um elemento indispensável da segurança automóvel. Inicialmente, milhões de pessoas recusaram-se a “apertar o cinto” quando se tornou obrigatório o uso de cintos de segurança a partir de 1 de Janeiro de 1976. Nessa altura, muitos consideravam demasiado incómodo usar o cinto de segurança. Especialmente quando o carro era utilizado por diferentes membros da família e o cinto de segurança tinha de ser ajustado em cada caso. Este problema foi rapidamente resolvido com o retractor automático do cinto de segurança.
No entanto, durante muito tempo, parecia não haver cura para vários preconceitos, tais como: o cinto de segurança reduz a liberdade pessoal e o seu efeito de segurança é questionável. Mas as inquietações foram dissipadas quando o número de mortes na estrada começou a diminuir.
Paralelamente, os especialistas em segurança estavam constantemente a melhorar os sistemas. Em 1986, o Opel Omega foi o primeiro automóvel do mundo a oferecer, de série, cintos de segurança reguláveis em altura nos bancos dianteiros e traseiros. Em 1991, a Opel apresentou o tensor do cinto de segurança no Astra F, seguido do airbag de tamanho normal e dos sistemas de segurança activa, como o sistema de travagem anti bloqueio (ABS) e o programa electrónico de estabilidade (ESP).
Os airbags, especificamente, reduzem ainda mais o risco de ferimentos de forma significativa, desde que o condutor e os passageiros tenham efectivamente os cintos de segurança colocados e apertados. Um sistema retém o corpo em caso de colisão, o outro amortece o impacto. O cinto de segurança absorve cerca de dois terços da energia de uma colisão. Os primeiros limitadores de força dos cintos foram utilizados a partir dos anos 2000 para evitar cargas extremas. Outros melhoramentos aumentam o conforto, como o dispositivo eléctrico de accionamento dos cintos de segurança nos descapotáveis.
Já nos anos 60, os engenheiros da Opel tinham identificado outro factor-chave para uma maior segurança: a coluna de direcção de segurança. Evitar que o volante e a coluna de direcção penetrem no habitáculo continua a ser um dos pontos de partida da estratégia de segurança. Em caso de colisão, a coluna de direcção desce ligeiramente. Desta forma, o sistema, em combinação com o cinto de segurança e o airbag, permite uma distância dinâmica de impacto até 100 milímetros – milímetros cruciais que minimizam o risco de ferimentos.
O limitador de força adaptativo do cinto agora instalado no Opel Astra Electric tem um “sistema de travagem anti bloqueio” ainda mais refinado para o cinto. “A força do cinto é controlada electronicamente durante o curso do impacto”, explicam os especialistas. “Para medir a carga biomecânica que actua no peito, estão instalados quatro sensores no manequim de teste de colisão THOR.” Nas versões anteriores, só era possível efectuar uma única medição. Este aumento da sensibilidade foi possível graças à última geração de manequins de teste de colisão, que estão em utilização desde 2020.
O desenvolvimento do cinto de segurança está indissociavelmente ligado ao desenvolvimento dos manequins inteligentes, de alta tecnologia, que são utilizados em testes para simular os efeitos de um impacto no corpo humano antes de um sistema de segurança ser aprovado para produção em série. A geração mais recente é conhecida como THOR (abreviatura para “Test device for Human Occupant Restraint”). Equipado com mais de 120 sensores, o THOR detecta e comunica electronicamente o que lhe acontece em caso de impacto. Com a ajuda deste manequim, foi desenvolvido o limitador de força adaptativo do cinto, que foi utilizado pela primeira vez no Opel Mokka e agora no Astra. É mais um marco em décadas de desenvolvimento de dispositivos de segurança passiva.
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