A Honda e a GM anunciaram uma parceria para o fabrico de fuel cells de hidrogénio nos EUA.
Esta parceria não é propriamente nova, com esta acção conjunto "FCSM - Fuel Cell System Manufacturing" a remontar a 2017, mas só agora a materializar-se numa produção efectiva de fuel cells para diversos produtos.
Estes "produtos" não significa que se destinem automaticamente a automóveis eléctricos. Apesar de isso ser algo em que algumas marcas teimosamente têm insistido, há também outras que, sem qualquer pudor, relembram ser totalmente impraticável usar hidrogénio para os automóveis. O problema principal é o do seu armazenamento, com o hidrogénio a simplesmente escapar-se dos depósitos, desde logo inviabilizando o seu armazenamento a longo prazo (os fabricantes de protótipos de carros a hidrogénio já admitiram que o depósito ficaria vazio num prazo de uma ou duas semanas). Adicionalmente, isto obrigaria a manter toda uma infraestrutura de produção, distribuição e abastecimento idêntica à que existe com os combustíveis fósseis - em contraste com a facilidade de se carregar um carro eléctrico em casa ou em qualquer tomada.
No entanto, não quer isto dizer que as fuel cells não sejam viáveis para outro tipo de aplicações. Por exemplo, transportes públicos, onde os veículos podem ser reabastecidos num ponto centralizado e não ficam parados durante tempo suficiente para o hidrogénio escapar; ou outros sectores onde existam condições idênticas. Nesse caso o ponto crítico passa a ser produção eficiente de hidrogénio em larga escala, usando apenas fontes de energia limpas e renováveis - e não a partir de combustíveis fósseis, como o que actualmente é utilizado para gerar a maioria do hidrogénio, e que resulta não só em emissões CO2 como também de metano, ainda pior para o ambiente.
2024/01/25
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