O mais recente argumento da HP para bloquear tinteiros não-oficiais é o de proteger os clientes contra potenciais vírus.
A HP já tem longa tradição no combate aos tinteiros não-oficiais, tendo nos últimos anos até lançado uma actualização que bloqueou a sua utilização sem dar qualquer pré-aviso ou indicação aos utilizadores. Agora, volta a tentar reescrever a realidade, argumentando que o bloqueio de tinteiros não-oficiais é feito como benefício para os clientes, uma vez que - diz o seu CEO - os tinteiros não-oficiais podem ter vírus que infectam o computador.
Ora, é certo que nunca se deve dizer "nunca", mas mesmo os investigadores de segurança estão bastante cépticos quanto à possibilidade de se usar um tinteiro para infectar um computador, devido à diminuta capacidade dos chips usados nos tinteiros. Além disso, a HP esquece-se de referir que até já explorou essa vertente há alguns anos, com o seu programa de recompensas por vulnerabilidades, e que resultou numa melhoria do software das impressoras, que agora é bastante mais robusto a lidar com código adulterado nos chips dos tinteiros. Algumas vulnerabilidades que podem fazer algumas impressoras encravar devido a chips modificados, não se fazem sentir nas suas impressoras.
Por isso mesmo, este episódio parece seguir apenas o manual de FUD (Fear Uncertainty and Doubt) destinado a criar receio nos consumidores de modo a que sejam menos críticos quando às medidas de tentar impedir o uso de tinteiros não oficiais nas impressoras HP; sendo que desde há muito se sabe que o seu verdadeiro objectivo é empurrar os clientes para o seu serviço de subscrição Instant Ink, que torna muito mais provável que os clientes optem por outra impressora HP quando quiserem trocar para uma nova impressora; e também representa uma forma de lucro mensal assegurada, independentemente dos clientes imprimirem ou não.
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Vergonhoso.
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