Se dúvidas houvesse quanto ao empenho da Microsoft na aposta das tecnologias AI - nas quais quer assegurar que está na linha da frente e não "perde a carruagem" como aconteceu nos smartphones - isso fica desde já clarificado com a sua intenção de marcar a posição de forma bem física: com uma tecla dedicada ao Copilot nos teclados.
Quem por cá andar há algum tempo recordar-se-á que a última vez que a MS mexeu nos teclados foi em 1994 quando adicionou a tecla Windows; e vai ser interessante ver como é que daqui por mais trinta anos olharemos para esta alteração, e se terá sido potencialmente mais importante. A tecla Copilot dará acesso imediato ao Copilot no Windows, dispensando a necessidade de usar combinações de teclas ou de clicar num qualquer local específico no ecrã. Nos países que ainda não tiverem acesso ao Copilot, a tecla lançará o Windows Serarch, e alguns teclados poderão dar a opção de utilizar a tecla de CTRL do lado direito como tecla Copilot (que na prática é a tecla que irá ser substituída pela tecla Copilot).
Por agora penso que a tecla só pecará por ficar dependente de um serviço AI na cloud, mas isso é algo que seguramente será melhorado ao longo dos próximos anos, com modelos AI que possam correr localmente para fazer a maioria das coisas mais "simples", e só necessitando da cloud para as coisas mais complexas.
Mas uma coisa é certa: grande parte do problema de adoptar novas tecnologias é assegurar que as mesmas fiquem visíveis e acessíveis ao público em geral, e ao colocar o Copilot numa tecla dedicada, passa a não haver desculpa para que qualquer pessoa diga que "não sabia" que isso existia.
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