A Amazon está a abandonar o avançado sistema de lojas "sem caixas" que afinal estava mais dependente de operadores humanos do que se pensava.
Em 2016 a Amazon lançou os super-mercados Amazon Go "sem caixa" em que as pessoas podiam entrar, pegar nos produtos, e sair - com o pagamento a ser feito automaticamente sem que tivessem que passar por uma caixa registadora. O sistema recorria a centenas ou milhares de câmaras, com a Amazon a dizer que utilizava processos avançados de processamento visual para determinar as coisas que os clientes pegavam (incluindo todas as questões complicadas do mundo real, como pegar num produto, pousar outros que já se tivesse na mão ou num cesto, etc.) Agora, vem-se a descobrir que não era bem assim.
Afinal o sistema não era totalmente automatizado e dependia de milhares de operadores humanos que analisavam os vídeos remotamente para clarificar as coisas que o sistema não conseguia resolver de forma automática. Um sistema que afinal não seria tão viável como o que era previsto, levando a Amazon a abandoná-lo. Em vez do sistema sem caixas, a Amazon adopta agora uma solução mais tradicional, de self-checkout em que os clientes fazem o scan dos produtos ao colocá-los no carrinho de compras.
Não deixará de ser curioso que a Amazon faça isto numa altura em que os novos modelos AI, potencialmente, poderiam ter ajudado a viabilizar o sistema sem caixas tal como pretendiam fazer no início. Mas, serve de demonstração de que por vezes a alta-tecnologia anunciada não é assim tão "alta" quando se espreita por trás da cortina para ver como funciona nos bastidores.
2024/04/03
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É a lógica do "fake it till you make it" só que o problema é que na maior parte dos vezes não dá mesmo para fazer.
ResponderEliminarEm bo português diz-se: Técnica do chico espertismo.
EliminarPodem sempre adoptar o modelo Japonês, a pessoa escolhe o que quer, paga, e depois aquilo abre a caixa onde o produto está. Não é um supermercado, mas têm lá as coisas, e as pessoas têm de pagar antes. Podem perfeitamente fazer o mesmo nos EUA em uma escala maior, não lhe podem é chamar supermercado, chamem-lhe outra coisa qualquer. Normalmente na simplicidade está o ganho.
ResponderEliminarMas fico surpreendido de uma empresa como a Amazon desistir de algo que lhe pode vir a dar muitos milhares de milhões se conseguisse fazer funcionar eventualmente sem humanos em lado nenhum, pelo menos a visualizar as câmaras, e eventualmente nem sequer a repor os produtos nas prateleiras.
Pessoalmente acho que o trabalho deve ser feito por pessoas, mas estas empresas parecem empenhadas em acabar com todos os trabalhos feitos por humanos.