A Adobe alterou os termos de utilização para exigir o acesso aos conteúdos, e está a gerar uma onda de indignação entre os seus clientes.
Há muito que a Adobe tem testado os limites da paciência dos seus clientes de longa data. Ferramentas populares como o Photoshop, Premiere, e outras, deixaram de estar disponíveis em versões de compra única, estando agora apenas disponíveis através da subscrição do serviço Creative Cloud com mensalidades ou anuidades recorrentes. Mas agora, temos uma alteração que se arrisca a ser ainda mais polémica.
A Adobe passa a incluir nas suas condições o acesso, manual e/ou automatizado, aos conteúdos dos clientes. E se numa primeira passagem faz referência de que isso poderia ser usado para verificar que não se tratam de conteúdos abusivos ou ilegais, depressa as coisas se complicam ainda mais ao detalhar que isso inclui o direito de "usar, reproduzir, exibir publicamente, distribuir, modificar, e criar trabalhos derivados" desses mesmos conteúdos!
Como se pode imaginar, os clientes não estão contentes. Tecnicamente, com estas novas regras, a Adobe pode pegar num filme que esteja a ser trabalhado no Premiere, e exibi-lo para o mundo. Outros referem que isto permite que a Adobe tenha acesso a conteúdos confidenciais ao abrigo de NDAs. E não ajuda que a Adobe nem sequer permite que os clientes não aceitem estas condições: quem não aceitar nem sequer poderá abrir os programas para exportar os seus trabalhos para outro formato.
Alguns tentam justificar a medida com as exigências legais da Adobe ter que verificar os conteúdos na cloud para ver se detecta conteúdos de abuso sexual de menores. Mas, se o objectivo for realmente esse, melhor teria sido que isso tivesse sido explicado de forma clara. É que, assim, o resultado é a Adobe ter direito a fazer o que bem entender com todos os trabalhos de todos os seus clientes.
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Inacreditável...!
ResponderEliminar😬😬
Para além da Adobe e da Microsoft com a funcionalidade Recall, hoje descobri que a Google pretende fazer o mesmo em todos os Android. O Gemini foi instalado no meu smartphone (sem qualquer intervenção minha) e nas definições vem lá a funcionalidade de tirar screenshots para serem analisadas que, por enquanto, ainda dá para desativar, assim como dá para continuar a usar o Google Assistante em vez do Gemini. Mas é apenas por enquanto, claro. Em breve deixaremos de ter qualquer escolha e todos os nossos dados serão usados para treinar estes modelos, incluindo screenshots onde se pode ver a digitação de passwords nos teclados de ecrã dos smartphones. Tem tudo para correr bem...
ResponderEliminarInacreditável mesmo, estamos a assistir a George Orwell
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