2024/08/12

Automóveis modernos apitam em excesso

Podem os sistemas de assistência nos carros modernos estar a chegar a um ponto em que perturbam e confundem os condutores em situações normais do dia a dia?

Quem já conduziu um carro recente, provavelmente reparou num aumento dos apitos, sons de alerta e outros avisos enquanto dirige. Isto deve-se ao facto de os veículos modernos estarem equipados com diversos sistemas de segurança que tentam prevenir acidentes antes de acontecerem. No entanto, estes avisos constantes podem ser intrusivos, acabando por se tornar num incómodo.

O aumento dos sons de alerta deve-se, em grande parte, às regulamentações das comissões de segurança rodoviária na Europa e nos EUA. Desde Julho de 2022, todos os carros vendidos na Europa devem incluir sistemas como assistência à manutenção na faixa, travagem automática de emergência e assistência inteligente de velocidade, entre outros. Estas funcionalidades são destinadas a tornar a condução mais segura, mas também resultam em muito mais ruído no interior do veículo à medida que os sistemas alertam os condutores.
Apesar destas regulamentações, nem todos os carros lidam com estes alertas da mesma forma. Alguns fabricantes, particularmente nos modelos mais económicos, implementam sistemas de alerta que não podem ser facilmente desactivados, cumprindo as normas de segurança, mas à custa do conforto do condutor. Por outro lado, as marcas premium podem optar por dar opções de personalização adicionais, ou até mesmo desactivar estes alertas de forma a que não sejam penalizados nos testes de segurança.

O que fica claro é que os fabricantes colocam as classificações de segurança Euro NCAP no topo da lista de prioridades, à custa da utilização prática no dia a dia - como os sistemas de se manter na faixa de rodagem, que podem insistir em se manter no centro da via acertando em buracos, ou até "lutando" contra o condutor em situações que têm que mudar de faixa ou circular em estradas sem marcações. Os fabricantes preferem obter pontuações altas nos testes de segurança, o que os leva a exagerar nos alertas intrusivos para garantir melhores classificações, resultando numa experiência de condução onde os sistemas de segurança, em vez de serem úteis, se tornam num incómodo, levando muitos condutores a desactivá-los assim que entram no carro.

1 comentário:

  1. Tenho um hibrido recente e não é intrusivo, ainda tenho os avisos do mapa do automóvel (trânsito por voz) e os avisos do waze (policia por voz e acidentes sonoro

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