Quatro antigos executivos da Volkswagen foram condenados a penas de prisão na Alemanha pelo seu envolvimento no escândalo das emissões, conhecido como Dieselgate, que abalou a indústria automóvel europeia. O tribunal deu como provado que os arguidos participaram numa fraude relacionada com software de manipulação de testes de emissões.
Jens Hadler, responsável pelo desenvolvimento de motores diesel, foi quem recebeu a pena mais pesada - quatro anos e meio de prisão - por liderar a criação do software que reconhecia quando os carros estavam a ser testados, activando modos especiais que reduziam a emissão de poluição para ficarem abaixo dos limites exigidos. Fora dos testes, em condução normal, os veículos emitiam muito mais do que o permitido.
O escândalo teve um impacto profundo no mercado. Antes de 2015, mais de metade dos carros vendidos na Europa eram a diesel. Hoje, essa quota caiu para apenas 10%, com a confiança dos consumidores neste tipo de motorização a ter caído substancialmente. Ao mesmo tempo, o mercado eléctrico ganhou força. Os veículos eléctricos e híbridos plug-in representam agora 25% das vendas de novos carros. Curiosamente, a própria Volkswagen tornou-se líder no segmento de carros eléctricos na Europa, vendendo em Abril três vezes mais veículos eléctricos do que a Tesla - que tem atravessado um período difícil (já deixou de estar no top 10 das vendas na Europa), em parte devido às polémicas de Elon Musk.
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