Análise ao Asus ProArt PZ13

O Asus ProArt PZ13 é um tablet convertível que promete combinar a versatilidade de correr um Windows completo com a eficiência de um CPU ARM (Snapdragon X Plus) e a excelência de um ecrã OLED - e vamos ver que tal se comporta.

O Asus ProArt PZ13

Confesso que há bastante tempo que tinha curiosidade em experimentar uma máquina Windows com chipset ARM, neste caso um Copilot+ PC, e as coisas conjugaram-se da melhor forma para poder passar algumas semanas com este Asus ProArt PZ13.

O Asus ProArt PZ13 pode parecer apenas mais um tablet, mas é uma máquina que vem equipado com algum hardware de luxo, a começar pelo seu ecrã OLED de 13.3" (2880x1800), a par de um CPU Snapdragon X Plus (a 3.4GHz single-core / 3.2GHz 8-core), 16 GB de RAM, 1 TB de capacidade, WiFi 7, Bluetooth 5.4, câmara frontal Windows Hello com 1440p, câmara traseira 4K, e bateria de 70 Wh, com carregador de 65W incluído. Vem também com teclado magnético destacável, e capa traseira magnética com suporte integrado.

Se na maioria das coisas não há nada a criticar, nas portas disponíveis assistimos a uma selecção bastante limitada, com a Asus a disponibilizar apenas 2 portas USB 4.0 Gen 3 (Type-C) e um slot para cartões SD Express 7.0. A fechar a lista das críticas, o seu peso de 850g, que se torna estranhamente excessivo face ao seu tamanho (um iPad Pro 13 pesa 580g).

Em funcionamento

Esta análise teve um sabor especial, pois tive a felicidade de poder levar este ProArt PZ13 na minha viagem ao Japão, poupando-me ao receio que já antecipava de ter que levar o meu portátil "gigante" (de 15.6"). Receios que se arriscavam a tornar realidade, pois não só o espaço nos aviões era bastante reduzido, como os próprios quartos nos hotéis no Japão não são propriamente espaçosos - e o formato compacto do ProArt PZ13 revelou-se uma grande vantagem.

O primeiro e principal contacto que temos com esta máquina é através do seu ecrã, e é aqui que temos também o seu grande elemento de destaque. O seu ecrã OLED não só é excelente como oferece uma resolução de 2880x1800, capaz de fazer as delícias tanto aos que arriscarem usar a resolução total, como os que preferirem manter a resolução "recomendada" do Windows.

[a vantagem dos pretos profundos dos OLED faz-se notar ao usar o PZ13 numa sala às escuras]

Embora não venha equipado com o mais poderoso Snapdragon X Elite, o Snapdragon X Plus revela-se suficiente para proporcionar o uso do Windows 11 de forma mais que aceitável para a maioria das tarefas, sem diferenciação perceptível face aos CPUs tradicionais da Intel e AMD. Isto a nível de desempenho, mesmo em casos em que se tenha o Chrome carregado com várias dezenas de tabs abertas (os 16GB de RAM ajudam certamente). Onde as coisas se fazem notar, positivamente, é a nível da autonomia, já que facilmente podemos esticar o uso do PZ13 por vários dias com várias horas de uso por dia, ou facilmente superando um dia de actividade mais frequente. Em standby então, nem se nota o consumo, quase parecendo um tablet Android ou iPad.

O teclado tem encaixe magnético bastante sólido, sem que haja receio que se possa soltar por acidente, e disponibiliza teclas com toque bastante agradável e um trackpad para evitar ter as mãos a viajar constantemente até ao ecrã. Também está disponível um Stylus, vendido separadamente.

Obviamente, e sendo um Copilot PC+, não falta a tecla dedicada ao Copilot, que dá acesso imediato ao assistente AI da Microsoft.

Apreciação final

O Asus ProArt PZ13 revelou-se uma excelente surpresa. Por um lado desmistifica os receios que se possam ter de um Windows "completo" a correr num tablet com chipset ARM; e nesse sentido, aproxima a ideia de se ter um tablet eficiente e de longa autonomia - ao estilo dos Android e iPads - mas com a capacidade de poder correr qualquer app Windows tradicional. O seu ecrã, por si só, será mais que suficiente para fazer sorrir os seus utilizadores, e ainda mais quando se tem um preço que fica significativamente mais em conta do que se poderia imaginar numa máquina com um destes ecrãs (podemos encontrá-lo com preço abaixo dos 1200 euros). Junte-se a isto a sua excelente autonomia, e ficamos com uma máquina que nos permite levar um Windows para qualquer lado sem grandes preocupações.

Asus ProArt PZ13

Quente

Prós

• Ecrã OLED
• Autonomia
• Qualidade de construção
• Preço

Contras

• Peso
• Apenas 2 portas USB

Asus ProArt PZ13
Aberto até de Madrugada
Quente (4/5)