Numa altura em que muito se tem falado das centenas de milhões de euros que a Meta tem oferecido para ir buscar especialistas AI às empresas concorrentes, desta vez é a Google a somar uma vitória.
O acordo da OpenAI para adquirir a startup de inteligência artificial Windsurf, especializada em ferramentas de programação AI, caiu por terra. Em vez disso, será a Google a acolher o CEO Varun Mohan, o cofundador Douglas Chen e vários dos principais investigadores da empresa. Apesar de tecnicamente não adquirir a Windsurf, a Google fechou um acordo de licenciamento não exclusivo sobre parte da sua tecnologia - fala-se que por 2.4 mil milhões de dólares.
Este é mais um exemplo de uma estratégia em que tem sido seguida pelas grandes empresas tecnológicas, que contratam os líderes e licenciam a tecnologia de startups sem as comprar directamente - com isso contornando possíveis complicações regulatórias. A DeepMind, divisão AI da Google, vai usar esta aquisição para reforçar as suas ferramentas de programação assistida por AI - sendo que, segundo os seus próprios relatos, a programação AI já representa mais de 50% do código gerado na empresa.
A saída da liderança deixou a Windsurf numa posição delicada. Jeff Wang, chefe de negócios da empresa, assumirá a posição de CEO interino, enquanto o resto da equipa, cerca de 250 pessoas, tentará manter as operações e a fornecer as suas ferramentas de programação para clientes empresariais. Resta saber se isto será suficiente para manter a actividade, ou se será uma situação temporária até que a Windsurf venha a perder a relevância que conquistou.Big welcome to @_mohansolo and others from the Windsurf team joining Deepmind : )
— Logan Kilpatrick (@OfficialLoganK) July 11, 2025
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