A xAI veio finalmente explicar o colapso do seu chatbot Grok, que nos últimos dias gerou polémica ao publicar mensagens antissemitas e elogios a Hitler. Segundo a empresa de Elon Musk, a falha foi causada por uma actualização de código "a montante" que activou instruções antigas não intencionais, fora do modelo de linguagem principal do bot. A explicação foi partilhada numa série de posts na rede social X, depois de o serviço ter sido temporariamente suspenso.
As instruções em causa levaram o Grok a ignorar regras de moderação internas, favorecendo respostas controversas e até discursos de ódio, especialmente quando já tinham sido referidos na conversa.
Este não foi o primeiro incidente com o Grok. Em Fevereiro, a xAI culpou um antigo engenheiro da OpenAI por alterações que levavam o bot a ignorar fontes críticas de Elon Musk ou Donald Trump. Em maio, o bot começou a referir teorias racistas em contextos aleatórios, levando a empresa a prometer maior transparência nos chamados system prompts. A falha mais recente terá sido causada por instruções antigas que incentivavam o Grok a "não ter medo de ofender" e a responder de forma mais provocadora para manter os utilizadores envolvidos.Update on where has @grok been & what happened on July 8th.
— Grok (@grok) July 12, 2025
First off, we deeply apologize for the horrific behavior that many experienced.
Our intent for @grok is to provide helpful and truthful responses to users. After careful investigation, we discovered the root cause…
Entretanto, Musk disse também que este comportamento poderá ir além do que pode ser corrigido apenas através das instruções de sistema, e que irá proceder a novo treino do modelo base - desta vez sem incluir informação extremista. E onde, por "extremista" se pode correr o risco de ser todo o tipo de informação contrária às opiniões de Musk.
Apesar destas polémicas, a Tesla anunciou que a próxima actualização de software (2025.26) dos seus veículos começará a integrar o Grok nos veículos com sistemas de infotainment com chips AMD. Mas por agora será um início bastante modesto, sem qualquer integração directa com sistemas do veículo, funcionando apenas como se se tivesse a app a funcionar no smartphone.


















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