O novo GPT-5 já é oficial e chega como o modelo de inteligência artificial mais avançado da OpenAI até à data. Disponível em quatro variantes - nano, mini, standard e chat - promete desempenho ao nível de especialistas em áreas como programação, matemática, escrita, saúde e percepção visual. O novo modelo fica acessível a todos os utilizadores do ChatGPT, incluindo os do plano gratuito, embora com diferentes tipos de acesso e limites de uso.
Entre as novidades, destaca-se o sistema de encaminhamento em tempo real, que escolhe automaticamente o modelo mais adequado com base no tipo de conversa; e que vem resolver o problema da confusão de designações dos modelos anteriores, que tinham que ser seleccionados manualmente em função do tipo de trabalho pretendido. Além disso, o GPT-5 apresenta um motor de raciocínio mais profundo, pensado para problemas complexos. Segundo a OpenAI, este novo modelo iguala ou supera o conhecimento de especialistas em mais de 40 profissões, como direito, logística, vendas e engenharia.
O GPT-5 também introduz capacidades avançadas de execução de tarefas, conseguindo encadear múltiplas chamadas de ferramentas e seguir instruções longas com mais precisão. Em testes como o SWE-Bench e o Aider Polyglot, o modelo liderou o desempenho, gerando código mais limpo e com menos erros. A OpenAI afirma ainda que as chamadas "alucinações" - respostas incorrectas geradas pela IA - foram significativamente reduzidas. Outra novidade é a personalização: os utilizadores podem agora escolher diferentes personalidades de chat (como Cynic, Robot, Listener e Nerd), temas de cores, e integrar serviços como Gmail e Google Calendar.
Dito isto, o lançamento não esteve livre de polémicas, com a apresentação de um gráfico errado:
A OpenAI apressou-se a clarificar que no post oficial o gráfico estava corrigido, mas não deixou de ser um detalhe aproveitado pelos críticos para "manchar" o lançamento. A isto junta-se a habitual disputa nos benchmarks. Embora o GPT-5 passe para a liderança em muitos benchmarks e em múltiplas categorias, há outros em que ainda fica atrás de modelos concorrentes (como o Grok 4 da xAI), e que tem sido algo aproveitado para dizer que afinal não é o melhor modelo AI do mundo como tinha sido prometido.
Embora estes argumentos dos benchmarks possam ser ignorados - a própria OpenAI desvalorizou-se (como lhes convém neste momento), dizendo que o que importa é o resultado real para a maioria dos utilizadores - o pior é que essa dita utilização também parece estar a desapontar os utilizadores, ao ponto de se suspeitar que o tal sistema de selecção automática do modelo adequado não esteja a trabalhar devidamente. Muitos utilizadores dizem que o GPT-5 só cumpre com as expectativas ao se seleccionar manualmente o modo mais avançado. Algo que teremos que aguardar mais uns dias para ver se fica esclarecido.
O GPT-5 está a ser lançado para todos os utilizadores do ChatGPT, com subscritores dos planos Plus e Pro a beneficiarem de maiores limites e acesso às versões mais completas do modelo.GPT-5 is the smartest model we've ever done, but the main thing we pushed for is real-world utility and mass accessibility/affordability.
— Sam Altman (@sama) August 7, 2025
we can release much, much smarter models, and we will, but this is something a billion+ people will benefit from.
(most of the world has…
Actualização: A OpenAI já anunciou uma série de correcções ao GPT-5 para fazer face às críticas e queixas dos utilizadores.





















Será a "inteligência artificial", vulgo "IA", inteligente e artificial?.
ResponderEliminarProcurem podcast's do ilustre Neuro Cientista Miguel Nicolelis (curiosamente ex-professor dos fundadores da OpenAI e Neuralink).
Muito certamente, depois de o escutarmos com muita atenção, seremos menos ignorantes em inúmeros aspetos:
https://open.spotify.com/episode/030yvB5GboLPzCgIUDXmKg?si=4pSXft00RL-FqSnSHPCaLA
https://open.spotify.com/episode/378Z1LwfIUytpg14IVeeOY?si=i2jQJNGvQ8q0WLKsTmb-Mw
De que ignorância fala?
EliminarIgnorância aquela em que acreditamos piamente em boa parte das valências/promessas dissiminadas por essas bigtech sem nos questionar-mos da sua validade científica ou moral.
EliminarPreocupa-me a forma com que somos bombardeados por crenças de grupos tecnológicos sem que haja palco suficiente para o seu contraditório.
Isto é, não me refiro diretamente ao artigo, mas sim à promessa vendida pela empresa OpenAI, como tantas outras.