A Suíça avança com medida polémica que pode significar o fim da privacidade online no país.
O governo da Suíça está a preparar uma regulamentação que pode obrigar serviços online com mais de 5.000 utilizadores a exigir documentos oficiais de identificação, reter dados de clientes durante seis meses, e limitar a encriptação. Especialistas alertam que estas medidas acabam com o anonimato digital e abrem portas à vigilância em massa, não só no país mas também para utilizadores no estrangeiro.
Durante anos, a Suíça foi vista como um refúgio para empresas de VPN e serviços de privacidade devido às suas leis. Mas a proposta já está a provocar saídas. A Proton, conhecida pelo seu email seguro e VPN, anunciou que vai transferir grande parte da sua infraestrutura para a União Europeia. O CEO Andy Yen comparou a iniciativa suíça às leis de vigilância da Rússia, dizendo que tal medida que seria ilegal tanto na UE como nos EUA. Do lado oposto, as autoridades helvéticas defendem que a medida é necessária para combater o cibercrime, o terrorismo e ataques organizados, garantindo que haverá salvaguardas contra abusos. No entanto, associações de direitos digitais alertam que a recolha de metadados - incluindo endereços IP e emails - é uma ameaça directa às liberdades civis, uma vez que as autoridades poderiam aceder a essa informação sem ordem judicial.
A contestação cresce rapidamente, com políticos, empresas e organizações a avisar que a proposta pode destruir a indústria de privacidade suíça e comprometer direitos fundamentais. Para jornalistas, activistas e minorias, o anonimato online é vital para a sua segurança. Apesar do governo prometer um processo de consulta pública antes da aprovação final, muitos temem que o futuro da liberdade digital na Suíça tem os dias contados.
2025/09/12
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