A tecnologia poderá ajudar a dar visão a pacientes cegos ou com perda de visão significativa, usando um implante ocular e smart glasses.
Um novo avanço médico está a devolver a visão a pessoas com degenerescência macular relacionada com a idade (AMD - Age-related Macular Degeneration), uma forma progressiva de cegueira. Segundo um estudo publicado no The New England Journal of Medicine, 80% dos pacientes que receberam um implante ocular ligado a óculos inteligentes relataram melhorias significativas na visão, ao ponto de conseguirem ler livros e resolver palavras cruzadas novamente.
O sistema da PRIMA combina um microimplante retiniano de 2x2 milímetros, feito de minúsculos painéis solares fotovoltaicos, com óculos equipados com uma câmara. As imagens captadas pelos óculos são transmitidas por luz infravermelha para o implante, que estimula o nervo óptico com pequenos impulsos eléctricos, imitando o que as células da retina fariam normalmente.
Dos 38 pacientes que receberam o implante, 32 completaram um ano de ensaio clínico. Destes, 26 apresentaram melhorias visuais, o que representa uma taxa de sucesso de 80%. Embora a visão recuperada seja a preto e branco e algo desfocada, investigadores independentes classificaram os resultados como sendo impressionantes.
A tecnologia é desenvolvida pela Science Corporation, fundada por Max Hodak, cofundador da Neuralink de Elon Musk. A empresa adquiriu a tecnologia à francesa Pixium Vision em 2024, após esta enfrentar dificuldades financeiras. O projecto dá assim nova esperança a milhões de pessoas afectadas pela perda de visão central causada pela AMD.
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