2014/10/29

Magic Reality usa óculos com tecnologia Lightfield?


Um investimento de mais de 500 milhões de dólares liderado pelo Google numa empresa que promete revolucionar a realidade virtual/aumentada tem levantado bastante curiosidade. Mas agora parecem surgir novos detalhes que nos indicam do que se poderá tratar... óculos com tecnologia lightfield.

O processo de captura e exibição de imagens tem-se mantido essencialmente inalterado ao longo dos séculos: temos um sistema que foca uma imagem num plano, onde é capturada; e temos sistemas que projectam ou exibem essa imagem noutro plano, para ser visionada. Só que isso transforma automaticamente as imagens, captadas ou exibidas, em meras representações 2D de cenas tridimensionais - e nem sequer os ecrãs pseudo-3D resolvem o problema de se estar a tentar apresentar informação tridimensional num único ponto de focagem no espaço (o do ecrã).

A tecnologia light field vem revolucionar tudo isto, e foi popularizada pelas câmaras Lytro que permite refocar a imagem depois de ter sido captada. Isso é possível devido ao sistema que, em vez de captar uma imagem focada num plano, capta a direcção de todos os raios de luz; e tal como funciona para a captura de imagens.... também pode funcionar para a sua exibição.

Ainda recentemente tivemos investigadores que propuseram a criação de ecrãs que dispensam óculos, e que ficarão focados mesmo para quem tem problemas de visão. E, talvez mais próximo das intenções da Magic Reality, a Nvidia já nos mostrou as incríveis potencialidades de uns óculos com ecrãs light-field.

Com esta tecnologia, torna-se possível fazer aquilo que é impossível com os ecrãs convencionais: ter um ecrã praticamente encostado ao olho, mas que é capaz de nos apresentar imagens 3D que realmente fazem com que o olhos tenham que se focar nas distâncias respectivas. Ou seja, é possível olhar para um destes ecrãs e focar os olhos no "infinito" para ver algo que está "ao longe" (e desfocando o que está "mais próximo") e vice-versa. Um passo importante para fazer com que seja possível criar uma realidade aumentada que realmente fique bem integrada no mundo real, e também óculos de realidade virtual que se tornarão bem mais reais que qualquer uma das actuais propostas.


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