2016/09/06
Fim do roaming europeu terá limite máximo de 30 dias seguidos
Já estamos habituados a que todas as medidas que pareçam boas demais para os consumidores venham com "asteriscos", e o prometido fim das taxas de roaming na Europa é mais um desses casos, que relembra que o mercado único é único... só para o que interessa a alguns.
O fim das taxas de roaming na Europa é algo que tem gerado alguma polémica, com os operadores a ameaçarem desde logo de que alguém (leia-se: todos os clientes) terão que pagar essas despesas; mas que fez logo disparar a imaginação de alguns consumidores, que já começavam a fazer contas à possibilidade de optarem pelo tarifário mais vantajoso de qualquer operador Europeu em qualquer país da UE.
Só que, como seria de esperar, o fim do roaming vem com asteriscos, que neste caso se concretizam em cláusulas de "utilização aceitável" e que vão limitar as ligações em roaming a um período máximo de 30 dias seguidos e a um máximo de 90 dias por ano. Restrições que impedem o tal plano de optar por um tarifário de outro país; embora fique contemplada a excepção para os europeus que moram num país mas trabalham noutro: quem se ligar à sua rede de origem diariamente não será sujeito a estas limitações (por exemplo, alguém que more em Portugal mas que diariamente se desloca para Espanha para trabalhar).
Enfim, nada de novo, já que estamos habituados a ver que o mercado supostamente único continua a ser mais único para uns do que para outros... permitindo os paraísos ficais em certos países/regiões, a continuidades das fronteiras digitais (que infelizmente parecem estar para durar) e tudo o mais.
Actualização: o Presidente Junker mandou retirar esta proposta!
Actualização 21/09: nova proposta deixa cair o limite de tempo mas aplica taxas a quem for considerado abusador.
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Enfim... Já se previa este desfecho
ResponderEliminarMelhor é que acabaram com o easy roaming, que por 3€ por dia permitia ter o pacote como se estivessemos em portugal (dados incluidos). Agora para ter dados em roaming são preços exorbitantes..
ResponderEliminarMais valia estarem quietos!
Nem podia ser de outra maneira. Então usam a minha rede e outros é que têm a receita. Podia-se chegar ao absurdo de um operador sem infraestrutura disponibilizar super preços só para usar a infraestrutura dos outros.
ResponderEliminarPois claro! Só quem não sabe como funciona o mercado é que pode achar que se pode ter roaming livre sem que alguém pague por isso.
EliminarSó se pede para que o sistema se aproxime daquilo que temos na Internet, onde não se paga mais pelos dados pelo facto de estarmos a aceder a um servidor que está ao lado de casa, ou do outro lado do mundo.
Eliminar(Penso que ninguém terá saudades dos tempos do tráfego contabilizado em nacional/internacional! :)
Faz absolutamente todo o sentido. Aliás, senão nem se poderia chamar "Roaming". É curioso que hoje em dia já fica mais barato telefonar de fora do que dentro do país em muitos tarifários! Quanto aos dados móveis volta a ser importante taxar quem habitualmente não contribui para o capex e opex dos operadores visitados...
EliminarCarlos, a comparação da internet não faz sentido aqui.
EliminarEstamos a falar em contratar um serviço com certas condições e deslocar-nos livremente pela Europa e manter o mesmo serviço. Isso não acontece com a Internet, porque não tiras o modem de casa, vais passar férias a Roma, ligas o modem num apartamento qualquer e ficas a usar a tua NOS 100Mbps.
Faz, no sentido em que continuamos a usar infraestruturas globais. O uso que dou à "minha" internet pode estar a sobrecarregar milhares de vezes mais as redes de outros operadores (e vice-versa).
EliminarE para além do mais, não é como se não se tivesse já exemplos. Por exemplo, no Project Fi da Google tens SMS gratuitos em roaming em mais de 130 países e o preço dos GB de dados é sempre igual seja em que país se estiver.