Já sabemos que o pessoal do marketing por vezes diz coisas que não deveria dizer e que falam sem pensar nas consequências (os ministros também, pelo que... não estão sozinhos), e foi precisamente isso que aconteceu com o CMO (chief marketing officer) da Qualcomm, Anand Chandrasekher, quando na semana passada disse que a Apple ter passado a usar 64 bits no A7 não passava de "uma artimanha sem qualquer benefício para os utilizadores".
Estaria no seu direito de dizer tal coisa... não fosse o facto de estar a falar em nome da Qualcomm, empresa que dentro em breve estará a promover as mais valias dos seus próprios chips de 64 bits. Daí que a própria Qualcomm tenha agora vindo anunciar que estas declarações não estavam correctas; que o mercado está a evoluir nessa direcção; e que os sistemas de 64 bits irão permitir levar as capacidades habitualmente associadas aos sistemas desktop para os sistemas mobile.
Marketing e política... talvez as coincidências entre falar sem pensar (nem sequer olhar para o que se estará a fazer logo a seguir) não sejam tão acidentais como se poderia pensar. Com a diferença que na política, na maior parte dos casos nem sequer se dignam a vir pedir desculpas ou a rectificar os erros que disseram na semana anterior.
Mas sem dúvida que seria lindo, ver este senhor a dizer que os 64 bits não têm qualquer vantagem, para daqui por uns meses estar a "vender" que os novos CPUs Qualcomm de 64 bits era a melhor coisa à face da Terra. (Bem... talvez o seu real propósito fosse tirar o lugar ao célebre Ministro da Informação Iraquiano durante a guerra no Iraque... para quem ainda se lembrar dele.)
E daqui por alguns meses alguém se ia/vai lembrar disso ?
ResponderEliminarAgora só têm chips de 32 bits para vender ... dizem que os de 64 bits não prestam :)
A bronca é muita ... escrevem cinco linhas a dizer que afinal não é bem assim, esperando que ninguém as leia.
O Marketing tem que ver com os produtos que se tem que vender agora: «iPhone, mas quem é que quer saber disso ?», «Tablets de menos de 7" e iPhones com mais de 3,5", quem é que quer saber disso ?».
Depois há que engolir algumas declarações, mas entretanto fica bem vincado: "Não fi-lo porque não qui-lo" :)
Fizeram bem no retratamento.
ResponderEliminarCom a galopante evolução em que 1 GigaByte é pouco para um smartphone(quanto mais para um tablet) em pouco tempo os 4 Gigas vão necessariamente ser ultrapassados.
É boa política preparar o terreno para esse cenário.
O android não é o MS-DOS! Tem necessidades muito acima disso.
Com as imposições de segurança há muita coisa que poderia ser partilhada mas é isolada.
Acho muito bem que os fabricantes estejam preparados e que finalmente nos livremos da arquitectura x86(e da Microsoft)!
Não há pachorra!
+1
EliminarJá para não falar que os Android já estão a sair com 3GB de RAM (Galaxy Note 3)
Já agora, venham de lá os Chromebooks que nunca mais chegam ao nosso país...