2013/11/06

ORBX.js mostra-nos o futuro dos GPUs na Cloud


Usar a cloud para acelerar o processamento não é nada de novo, mas a tecnologia tem avançado ao ponto de fazer com que essa opção se torne cada vez mais atractiva. A Mozilla, OTOY e Autodesk criaram o ORBX.js, que vai simplificar o processo de utilizar um qualquer browser como uma janela para computadores virtuais capazes de realizar todo o tipo de tarefas gráficas... e eventualmente servir também para tornar irrelevantes as placas gráficas locais, permitindo jogar todo o tipo de jogos em qualquer dispositivo.



Se reconhecem o nome OTOY de algum lado, importará dizer que é uma empresa que há anos tem apostado neste tipo de tecnologia. Já em 2008 nos tinha mostrado o seus sistema de rendering em tempo real usando a cloud, e em 2009 mostrou-nos como era possível jogar Crysis num smartphone. Com a Amazon a adicionar GPUs à sua cloud, o OTOY ganha uma potência ainda mais visível, e que graças a este ORBX.js pode ser redireccionado para o ecrã de qualquer browser moderno.

Na prática, um utilizador poderá abrir uma janela do browser e trabalhar num sistema infinitamente mais potente que qualquer PC individual.

É uma tecnologia que inevitavelmente será adaptada para os jogos, e que tem a vantagem de não sofrer das mesmas limitações que ditaram o falhanço do OnLive. No OnLive era necessário um GPU dedicado por cada utilizador - algo que se tornava insustentável caso se pretendessem "milhões" de clientes. Mas com a utilização mais flexível e diversificada dos GPUs e poder de computação... o panorama torna-se bastante mais atractivo.

A Square Enix já está a trabalhar nesse sentido com o seu Project Flare, que pretende criar jogos que aproveitem desde logo o poder da cloud para criar coisas que seriam impossíveis de fazer num único PC ou consola de jogos, por muito potente que fossem. O seu objectivo é tornar possíveis jogos com cenas com a mesma qualidade e escala das cenas de batalha de filmes como Lord of the Rings. E se o conseguirem... irão tornar irrelevantes que placa gráfica ou quantos Gigabytes de memória temos nas nossas consolas ou smartphones, sendo que o valor mais importante nesse caso será a nossa ligação à internet, e qual a latência da mesma. Não me admiraria nada que daqui por um par de anos se deixe de discutir quanto "fps" um jogo dá em cada resolução e setting de qualidade, e ao invés se passe a discutir que "ping" temos na nossa ligação! :)

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