Na década de 80, quando a maioria dos jovens tinha nos seus quartos posters de super-carros radicais, como o Lamborghini Countach, Ferrari Testarossa (e depois mais tarde o F40), havia um outro automóvel menos conhecido que os ultrapassava a todos no aspecto "radical": o Vector W2 Twin Turbo.
Mesmo sendo eu um fã sem reticências do aspecto futurista dos Lamborghini, este Vector era dos poucos que me conseguia fazer pôr de lado essa atracção, e ficar "de queixo" caído a olhar para esta máquina infernal. Numa altura em que Ferraris e Lamborghinis se ficam pelos 400-450cv e velocidades máximas a rondar os 290Km/h, já o Vector W2 tinha 600cv e atingiu uma velocidade real de 389Km/h (isto num modelo que estava a usar um motor menos potente que o das versões finais)!
Os seus criadores tinham trabalhado na indústria aeronáutica e trouxeram para o Vector muita da tecnologia que lhe era aplicada. Aliás, eles diziam que o Vector usava tecnologia "aeromotive". No seu cockpit encontrávamos botões e ecrãs que pareciam saídos de um caça de combate - incluindo um HUD - e a nível de condução não havia muito a fazer, pois o carro tinha uma caixa automática (de apenas 3 velocidades), pois com o binário de 880Nm produzido pelo seu motor bi-turbo... não havia caixa manual que aguentasse.
É difícil encontrar vídeos do Vector W2, pelo que... fiquem com o seu sucessor, que surgiu na década seguinte (90), o Vector W8, com 650cv que podiam ter "boost" para os 1200cv. Mas para mim, nem me importava que tivesse apenas 100cv - só pelo seu aspecto, e a sua altura de apenas 1 metro(!), era um carro que para sempre vai ter lugar especial... nos posters, claro! :)
Excelente artigo.
ResponderEliminarTambém fui um dos que gostaram muito dos Vector.
No saudoso Gran Turismo 2, era carro de eleição!! Assim como actualmente nos Forza.