Muito se fala do HTML5 e das suas potencialidades, e da importância que tem para nos levar em direcção a um futuro onde a web possa funcionar como elemento unificador de todas as plataformas. Mas o que poderia passar despercebido é que o HTML5 ainda não era um standard oficialmente finalizado.
Sim, só a partir de hoje se pode falar do HTML5 como um standard definido (e bem definido, espera-se) e sobre o qual os todos os envolvidos, de forma directa ou indirecta, poderão tratar como garantido.
Sendo a linguagem universal da web, o HTML é algo que tem que estar bem definido, dando a garantia de que uma página web poderá ser correctamente apresentada em qualquer browser que siga este standard. Se assim não fosse, entraríamos num pesadelo em que algumas páginas funcionariam apenas nos browsers para as quais tivessem sido concebidas (lembram-se dos tempos dos emblemas "página feita para ser vista no Internet Explorer"?)
O HTML5 veio adicionar muitas novas tecnologias que permitem que uma página web possa transformar-se numa verdadeira "web app", disponibilizando coisas como vídeo, bases de dados, e muitas outras - e que acima de tudo têm a grande vantagem de ser funcionalidades transversais a todas as plataformas. Desde que um dispositivo Android, iOS, Windows, Linux, ou qualquer outro, disponha de um browser que suporte este HTML5, estas páginas/apps, estarão automaticamente acessíveis a todos esses utilizadores - sem necessidade de se criarem versões específicas para cada uma.
Com o capítulo do HTML5 encerrado, agora é tempo de olhar para o que se seguirá (e também de corrigir os bugs que forem aparecendo) - sendo que para o HTML5.1 se prevê uma acesa discussão quanto à potencial inclusão do DRM no HTML, que muito vai dar que falar e onde os proponentes de uma web aberta terão que fazer uma forte oposição aos grupos de interesse que ameaçam com a não disponibilização de conteúdos caso isso não seja feito.
... Por nós nem sequer há discussão: não há qualquer desculpa que justifique o DRM, que só serve para prejudicar os utilizadores (legítimos) e que nenhum efeito prático tem em quem continuar a usar conteúdos obtidos ilegalmente.
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ResponderEliminarFalta dizer que há muitos anos que o W3C é pouco mais que um agregador do verdadeiro trabalho criado pelo WHATWG no html5 (https://html.spec.whatwg.org/multipage/), sendo que o WHATWG declarou o html5 como um "living standard" sem versões numa altura em que o W3C andava com a cabeça enfiada na areia a proclamar que o XHTML era o futuro. Não é por acaso que a maioria dos sites modernos usam como tag inicial simplesmente "!DOCTYPE html".
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