2015/01/24

Google torna-se operador móvel virtual nos EUA


Desta vez é mesmo a sério. Depois de todos os rumores que surgiram ao longo dos anos de que o Google se prepararia para entrar na arena das telecomunicações móveis, chega agora a sua concretização, embora sob a forma de operador móvel virtual.

A opção pelo modelo de operador virtual em parceria com a rede Sprint, é uma boa forma que evita ferir susceptibilidades (os operadores tradicionais continuam a ganhar a sua "comissão"). É o mesmo tipo de sistema que utilizam redes como a LycaMobile, Phone-ix, e Delight Mobile, e que se apoiam num operador já existente, sendo designadas por MVNO (Mobile Virtual Network Operators).

O que isto significa é que, para além de terem condições vantajosas de acesso à rede, têm também maior liberdade para definir os seus tarifários - incluindo tarifários promocionais que podem ser bem mais apelativos que os que o próprio operador de base oferece (lembram-se quando a Lycamobile nos deu dados mobile a preço de saldo?) Em teoria, nada impediria o Google de fornecer até dados mobile gratuitos, em troca de apresentação de publicidade, por exemplo - embora não me pareça que isso fosse agradar ao seu parceiro.

Ainda assim é fácil ver que, se um serviço como o WhatsApp tem capacidade para lançar o seu cartão SIM que disponibiliza mensagens ilimitadas em todo o mundo por 10 euros/ano; o Google poderá fazer mais e melhor, mesmo que se limitasse a dar acesso aos seus próprios serviços (Gmail, Hangouts, etc.) Mas teremos que esperar para ver, e principalmente saber se/quando é que esta rede sairá para fora dos EUA.

Depois das apostas na distribuição de internet por balão e por satélite, o Google não deixa de querer cobrir todas as bases, e ter uma oferta também numa rede celular convencional.

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