2015/11/19

Windows faz 30 anos mas o futuro pertence aos "mobiles"


Lamento informar os mais distraídos, mas se assistiram ao lançamento do primeiro Windows da Microsoft significa que já andam a olhar para computadores há, pelo menos, 30 anos.

Foi a 20 de Novembro de 1985 que a Microsoft lançou apressadamente o seu primeiro Windows, antecipando-se ao sistema operativo gráfico que a Apple estava a preparar (e que Steve Jobs tinha mostrado com orgulho a Bill Gates, mal sabendo no que isso ia resultar). Sendo que actualmente já olhamos de lado para smartphones que tenham apenas 2GB de RAM e 16GB de espaço, importará referir que naquele tempo, o Windows 1.0 necessitava apenas de 256KB de RAM para trabalhar, e cabia em duas disquetes com algumas centenas de kilobytes - mas se quisessem correr programas em simultâneo, aí já teriam que ter 512KB de RAM e optar por um disco rígido (com qualquer coisa como uns incríveis 10MB de capacidade - bem que a SPA não ia ganhar dinheiro à custa da taxa dos gigabytes naquela altura.)

Depois... foi aquilo que já todos conhecem, Windows atrás de Windows, o adeus ao MS-DOS que lhe servia de base (saudosos tempos do AUTOEXEC.BAT e CONFIG.SYS - ou nem por isso!), as versões boas e menos boas, e que nos trouxe até ao actual Windows 10 que aos poucos lá se vai entranhando... até nos resistentes do Windows 7.

Mas a grande pergunta que se coloca: será que daqui por mais 30 anos ainda teremos um Windows?



A revolução mobile começou a contagiar o mercado na década de 90, e antes do final do século já representava mais do dobro do mercado dos PCs em vendas.


Com os smartphones, a tendência tem sido idêntica, mas com ainda maior velocidade prometendo ultrapassar os telemóveis nos próximos anos. A diferença é que com o aumento desta nova geração de dispositivos mobile, nota-se pela primeira vez o impacto nos PCs, com as vendas a baixarem.

Steve Ballmer pode ter gozado com o lançamento do iPhone, dizendo que ninguém iria comprar um smartphone da Apple com um preço tão elevado... menos de uma década depois, são os smartphones que estão a dominar o mercado, sem que se saiba onde é que isto nos irá levar.


Ainda assim, não se acomodem muito à ideia de que as coisas estão todas inventadas. É quando isso acontece que normalmente aparece algo "revolucionário" que volta a baralhar o mercado de pernas para o ar e deixar-nos a rir com coisas do tipo "lembras-te de quando se achava que os smartphones eram o futuro?" Será isso conseguido com uma nova geração de wearables, com a realidade aumentada, ou com qualquer outra coisa? Isso é que só o tempo poderá responder.

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