2016/05/07

SpaceX fez nova aterragem - desta vez de um lançamento para órbita geoestacionária


A SpaceX parece nem ter tempo para respirar, e apenas um mês depois de ter finalmente conseguido uma aterragem bem sucedida na sua plataforma marítima, volta a repetir o feito - contra todas as expectativas.

A grande diferença é que desta vez o lançamento era de um satélite que tinha que ser levado para uma órbita geoestacionária, bastante mais distante do que as "Low Earth Orbit" (para referência, a ISS orbita a Terra a cerca de 400 quilómetros de distância, a órbita geoestacionária situa-se a cerca de 36 mil quilómetros). Isto faz com que o foguete gaste muito mais combustível para lá chegar, e depois regresse com uma velocidade muito superior - combinação que não deixa margem de manobra para correcção de erros, e que por isso era considerada uma autêntica missão impossível pelos responsáveis da missão.

Só que, contra todas as expectativas, o Falcon 9 conseguiu mesmo voltar a aterrar na plataforma flutuante, sem qualquer hesitação!

O único "problema" é que a aterragem aconteceu durante a noite e não temos (ainda) um vídeo que permita ver com clareza esta manobra. No vídeo gravado da própria plataforma só se consegue ver um instante ultra-luminoso, e de seguida o foguete aparece aterrado quase por magia. (Certamente haverá quem vá acusar a SpaceX de estar a falsificar o vídeo.)




Actualização: já temos os vídeos do momento "crítico"!

1 comentário:

  1. Os satélites geoestacionários (tirando excepções) não são colocados na orbita definitiva pelo lançador. Para lá chegar, o satélite percorre uma GTO (Geostationary transfer orbit), que é uma orbita excêntrica com apogeu na posição da orbita geoestacionária pretendida. Por seu lado, o perigeu desta orbita ronda os 180km, na mesma ordem de altitude que os LEO's. Esta orbita é pensada exactamente para que os lançadores sejam mais económicos.
    Podem comprovar na wiki referente ao satélite lançado: https://en.wikipedia.org/wiki/SES-9

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