E se tivessem uma música que fizesse o vosso smartphone contar passos que nunca deram; ou outra que fizesse com que um drone controlado via acelerómetro no vosso smartphone chocasse violentamente com o solo? Afinal, parece que não é assim tão complicado de fazer.
Os acelerómetros e outros sensores no interior dos nossos smartphones são actualmente tratados como sendo fiáveis e seguros, mas investigadores demonstrarem que isso está longe de estar garantido, e que na verdade é extremamente fácil baralhá-los com impulsos sonoros ou até música tocada pelo próprio smartphone.
Os acelerómetros podem ser encarados como chips digitais, mas na verdade são peças analógicas de escala microscópica que funcionam como molas e pesos, cujo movimento é transformado em informação que permite inferir a aceleração a que estão sujeitos. O problema é que o tamanho diminuto destas peças físicas dos sensores também as torna vulneráveis a frequências sonoras (ou ultra-sónicas) que permitem que um atacante possa manipular os resultados desse sensor, simulando um conjunto de movimento que nunca foram feitos.
Embora seja um sistema que parece demasiado rebuscado, já temos tido exemplos de como há sempre interessados em usar todas as tácticas e técnicas disponíveis para potencialmente ganhar controlo sobre um dispositivo. Daí que imaginar que esta vertente de manipulação dos acelerómetros (e outros sensores) não deverá escapar ao mesmo tipo de tratamento.
É uma investigação "gira" de se fazer mas isto já é conhecido à muito tempo e não só os efeitos provocados por sinais dentro da banda do audível. Há muitas outras frequências que provocam perturbações nos ICs e afins.
ResponderEliminarUma das soluções é usar rf shielding.