2017/07/18

Análise à Gigabyte AORUS Z270X - Gaming 5

A motherboard é a peça essencial que serve de base a qualquer computador, tendo importância fundamental para o seu desempenho e estabilidade. O nosso Luis Costa mostra-nos o que vale a AORUS Z270X - Gaming 5 da Gigabyte.


A Gigabyte AORUS Z270X-Gaming 5 é uma motherboard pensada para responder às necessidades de todos os que procuram um bom desempenho, sem descurar o design e funcionalidades extra que se esperam de um produto de topo.

A Gigabyte AORUS Z270X-Gaming 5



Longe vão os tempos que se o PC era actualizado com grande regularidade. Novos processadores, cada vez com melhor desempenho, eram o incentivo perfeito para garantir um upgrade à máquina lá de casa. A evolução que os CPU têm vindo a apresentar nos últimos anos, é quase que meramente cosmética, com poucas novidades e melhorias de desempenho, factos que levaram a que um Intel i5 2500 Sandy Bridge de segunda geração, se mantivesse em funções até agora.




Para testar esta motherboard da Gigabyte, resolvemos fazer um upgrade ao setup de testes, passando a contar com um processador Intel 7700K, 16GB de RAM 3200MHz e um SSD Toshiba Q300Pro. A gráfica ainda está em aberto. Sendo verdade que as novas boards X299 e processadores X-Series são interessantes, este Intel 7700K continua a ser uma opção consistente, tendo ainda o 7600K como alternativa para quem não pretende investir tantos euros num processador.



Dentro da caixa, além da motherboard, vão encontrar 4 cabos SATA, CD com Drivers, espelho traseiro, manual, G Connector (voltamos a este mais à frente), um guia de instalação rápida e um cabo para ligação de uma fita de leds.


A AORUS Z270X-Gaming 5, como se pode perceber através da sua designação, tem um chipset Z270 que gere três slots PCI Express x16 e outros três PCI Express x1.


É compatível com as tecnologias NVDIA SLI e AMD CrossFixeX. Se utilizarem apenas uma gráfica, esta vai funcionar no slot PCI Express a x16 (PCIEX16). Com duas passam a x8 (PCIEX8). No caso de serem três, duas funcionaram a x8 (PCIEX8) e a outra x4 (PCIEX4). De referir ainda que a largura de banda do PCIEX4 passa a X2 quando instalarem um SSD na ligação M2P_32G. Se forem utilizar o SSD M.2 e três gráficas (hardcore!), devem ter este facto em atenção e escolher o slot M2M_32G para a instalação do armazenamento, que é o que fica mais próximo do local de instalação do processador.

Uma nota de destaque para a protecção em metal que reveste os slots X16, conferindo-lhe maior resistêcnia.


Em termos de armazenamento, esta board tem soluções para todos os gostos e carteiras:



  • 6 portas SATA 6Gb/s, 3 portas SATA Express e uma porta U.2.



  • duas portas M.2

Se a velocidade de um SSD M.2 não for suficiente, ainda podem optar por montar um sistema RAID 0 com um segundo SSD M.2.


Tem capacidade para suportar 64GB de RAM DDR4 até 4133 e é compatível com módulos Extreme Memory Profile (XMP 2.0), o que permite o overclock simplificado da memória. Não façam é como eu, que me esqueci de activar esta opção na BIOS e depois tive de repetir grande parte dos benckmarks.

Estes quatro slots também se encontram reforçados com uma armação em metal.


Na zona inferior da board encontramos uma série de fichas que permitem a ligação do painel frontal de áudio, uma fita de leds,módulo de plataforma segura, 4 portas USB 3.1 mais 4 portas USB 2.0 e as famosas fichas para os leds e botões frontais para reset e on/off.


Para simplificar a ligação destes terminais, a Gigabyte disponibiliza um "G-connector", que não é mais que uma peça que permite agrupar as fichas antes de as ligar à motherboard. Simples e prático.

É também nesta zona que temos um conjunto de LEDs de diagnóstico para o boot, CPU, RAM e Gráfica. Ao lado deste, um bloco com dois dígitos que também poderá ser útil para detectar problemas na máquina.


O áudio está a cargo de um chipset Realtek ALC1220, com suporte para Sound Blaster X-Fi MB5 com 2/4/5.1/7.1 canais. De referir que no canto esquerdo da board têm um switch que permite aumentar o ganho para os headphones ligados ao painel traseiro.


No painel traseiro, uma porta PS/2 para ligarem um rato ou teclado pré histórico, duas portas USB 3.1 de 1ª geração, com suporte DAC-UP 2 para ligaram equipamentos compatíveis, porta display port e HDMI, uma porta USB 3.1 e outra USB C, ambas de 2ª geração, duas portas de rede, quatro portas USB, duas 2.0 e duas 3.1 de 1ª geração, porta SP/DIF e ligações de áudio para colunas e microfone.


Com o Turbo B.Clock a Gigabyte promete um overclock simplificado, com ajuste da frequência BCLK entre 90 e 500MHz.


Quem goste de ter o PC com a caixa aberta, por certo que vai apreciar os dois botões que pode encontrar no canto superior direito, junto à memória RAM. O botão ECO reduz o consumo energético, o OC possibilita um overclock automático. Só é pena que este não seja associado a um dos perfis de overclock, que o utilizador pode definir, pois iria facilitar a activação do mesmo.

Se repararem na imagem em cima, há barra iluminada com um grafismo. A Gigabyte denomina esta peça como Accent LED. Se têm acesso a uma impressora 3D, poderão imprimir os vossos próprios Accent LED, para maior personalização da motherboard.


BIOS



Longe vão os tempos dos quilos de jumpers para configurar uma motherboard. Hoje em dia o acesso à configuração da BIOS é feita através de uma interface amigável. A Gigabyte classifica-a de simples, inteligente e amigável. Olhando para a imagem em cima, é fácil perceber a razão destes atributos. Além de uma interface gráfica (em baixo) a Gigabyte disponibiliza ainda uma "modo simplificado" (em cima), onde o utilizador tem acesso directo às configurações mais importantes.


O modo "normal" está dividido em várias secções, com um menu de navegação na parte superior do ecrã- Mesmo neste modo, a Gigabyte disponibiliza um painel lateral com informação sobre processador, memória e voltagem.



O controlo das ventoinhas, ou fans, como preferirem, também é possível de ser efectuado na BIOS, algo que poderá ser útil para quem não pretender utilizar a app para windows que a marca disponibiliza para este efeito.


Software




A Gigabyte opta nesta altura por uma solução interessante, ao agregar as suas aplicações sob a alçada do App Center. Ao invés de termos uma palete de atalhos no menu iniciar, ficamos com apenas um, que nos dá acesso a este App Center, o qual está divido em três secções:
  • Apps Gigabyte
  • Definições do Windows
  • Aplicações de terceiros

Em cima, à direita, um ícone com uma seta, o qual dá acesso aos downloads. Esta janela está dividida em duas secções, aplicações instaladas e para instalar.


Estas aplicações, são as mesmas que a Gigabyte disponibiliza no seu site, para facilitar a gestão do PC.


O EasyTune permite alterar velocidade de funcionamento do PC, alternando entre um modo de poupança de energia, o modo padrão e o modo overclock.


O botão de AutoTuning permite um overclock "automático" através de um teste rápido à máquina.


Quem pretender puxar mais pelo CPU e RAM, pode tirar partido dos restantes separadores, os quais permitem configurar manualmente diversos parâmetros.



O System Information Viewer é uma aplicação que permite consultar o estado da máquina, apresentando informações sobre as velocidades de relógio, processador, RAM e fans. É possível gravar os dados recolhidos num intervalo de tempo, para posterior análise.


O RGB Fusion é talvez a aplicação que vai despertar mais à atenção dos utilizadores, pois permite configurar o modo de funcionamento dos leds. Sim, os leds poderão ser considerados algo extravagante, mas digam lá que um PC assim não é uma grande malha!


A aplicação está dividia em três secções, básico, avançado e inteligente. No primeiro, têm acesso a diferentes efeitos, podendo configurar alguns aspectos do funcionamento dos leds. No modo inteligente, os leds são associados ao hardware, passando a funcionar de acordo com variação de alguns parâmetros.


O modo avançado permite configurar individualmente cada conjunto de leds, atribuindo-lhes cores diferentes, mas sempre com o mesmo efeito (ex: estático, flash, aleatório).




Este vídeo penso que pode dar uma ideia do modo de funcionamento de cada opção.



Além da app para Windows, podem utilizar o smartphone para controlar o RGB Fusion. Para que tal seja possível, devem definir uma password nas definições do RGB Fusion no PC. Caso não consigam estabelecer ligação com PC, devem activar uma regra na firewall, para permitir o acesso à máquina.



Uma referência ainda para o Killer control center, que estará disponível para o caso de utilizarem a porta de rede Killer E2500. Em termos de funcionamento, além dos dados sobre a velocidade de transferência, podem ainda configurar a forma como as aplicações acedem à rede, um pouco como se de uma firewall se tratasse.

Em funcionamento



Os testes foram realizados com o CPU Intel i7 7700K em modo de funcionamento padrão, sem lugar a overclock. Para a memória foi utilizada a velocidade máxima que esta permite "sem overclock", ou seja, 3200MHz. O armazenamento ficou a cargo de um SSD SATA III Toshiba Q300Pro, com o slot M.2 a fica para um próximo artigo, pois o SSD ainda esta a caminho.

As aplicações utilizadas nos testes de desempenho foram as seguintes:

AIDA64 v. 5.90.4200
AS SSD v. 1.9.5986.35387
Cinebench R15.038RC184115
CPU-Z v. 1.79
CrystalDiskMark v. 5.2.1
Fryrender build 23Mar2009




AIDA 64 - Memória:

  • Leitura: 44293MB/s
  • Escritra_ 47332MB/s
  • Cópia: 40875MB/s
  • Latência: 45,2ns

A título de referência, com a memória a 2133MHz, os resultados foram os seguintes:
  • Leitura: 31395MB/s
  • Escritra: 31453MB/s
  • Cópia: 28494MB/s
  • Latência: 56,9ns
Por aqui se vê a diferença entre utilizar memória a 2133MHz ou a 3200MHz.




Cinebench R15

  • OpenGL 62,79fps
  • CPU 995cb


CPU Z

  • Single Thread: 532,8
  • CPU MultiThread: 2698,8


Frybench64

  • Render time: 3m28s




AS SSD

Leitura
  • Sequencial: 496,48MB/s
  • 4K: 19,19MB/s
  • 4K-64Thread: 358,39MB/s
  • Tempo de acesso: 0,099ms

Escrita
  • Sequencial: 467,67MB/s
  • 4K: 112,68MB/s
  • 4K-64Thread: 211,87MB/s
  • Tempo de acesso: 0,029ms

Pontuação
  • Leitura: 427
  • Escrita: 371
  • Total: 1020






CrystalDiskBenchMark


Seq Q32T1: Sequencial (Block Size=128KiB) leitura/escrita com multi Queues & Threads
4K Q32T1: Leitura/escrita aleatório 4KiB com multi Queues & Threads
Seq: Leitura/escrita Sequencial (Block Size=1MiB) com single Thread
4K: Leitura/escrita aleatório 4KiB com single Queue & Thread


Leitura
  • Seq Q32T1: 552.6MB/s
  • 4K Q32T1: 383,9MB/s
  • Seq: 512,8MB/s
  • 4K: 21,25MB/s

Escrita
  • Seq Q32T1: 520.9MB/s
  • 4K Q32T1: 236,1MB/s
  • Seq: 484,8MB/s
  • 4K: 126,2MB/s

Estes passam ser os valores de valores de referência para futuros testes de hardware. Os resultados com overclocking vão ser alvo de um outro artigo.




Apreciação final



A Gigabyte AORUS Z270X-Gaming 5 é uma motherboard muito completa, apresenta um chipset Intel Z270, capaz de um excelente desempenho, ao mesmo tempo que possibilita um overlock de memória (até 4133MHz) e processador, mesmo para aos utilizadores menos experientes. O layout é funcional e esteticamente bem conseguido.

Em termos de hardware, pode-se apontar o WiFi como uma ausência, se bem que num desktop, esta não seja uma opção prioritária e se o for, um adaptador USB é sempre uma alternativa a ter em conta.


O sistema RGB Fusion é bastante interessante e vai por certo ser do agrado de todos os que gostam de ter um PC personalizado. Peca apenas por não permitir atribuir um efeito diferente a cada grupo de leds, tendo todos que apresentar o mesmo modo de funcionamento.

Esta motherboard está no mercado com um preço na casa dos 210 euros, valor que poderá ser considerado alto, mas há que ter em conta o que o conjunto oferece, razão porque é merecedora de um distinto "Escaldante".



Gigabyte AORUS Z270X-Gaming 5
Escaldante


Prós:
  • Desempenho
  • Layout
  • Qualidade de construção

Contras:
  • Preço não é para todas as carteiras
  • RGB Fusion podia ser mais flexível
  • Não tem WiFi

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