A Samsung revelou finalmente o motivo pelo qual não tem investido nos ecrãs OLED de grandes dimensões: o seu mega-televisor "The Wall" de 146" aposta nos microLED e no conceito modular para enfrentar o futuro.
Era bastante estranho ver a Samsung, que tem dominando o sector dos ecrãs OLED nos smartphones, deixar que a LG dominasse o sector OLED nos televisores sem sequer parecer fazer um esforço para entrar nesse segmento. Agora ficamos a perceber o motivo por que tal acontecia, sendo algo que já poderia ter sido previsto com a sua aposta no seu sistema cinema LED Screen - que com este The Wall passa a ter um equivalente para aplicação doméstica.
O conceito do The Wall é o mesmo do que já é aplicado nos ecrãs LED gigantes, compostos por módulos encaixados lado a lado, mas vem com a grande novidade de usar microLEDs.
[LEDs convencionais à esquerda, microLEDs à direita]
Como qualquer pessoa que já tenha tido oportunidade de ver mais de perto um dos ecrãs gigantes usados em concertos e outros eventos, esses ecrãs parecem ter uma boa definição quando vistos de longe, mas assim que nos começamos a aproximar, vemos que são compostos por "pixeis gigantes" que não permitem ter a percepção da imagem quando são vistos de perto (por isso mesmo é que não temos ninguém a usar esse tipo de ecrãs em casa).
Mas com os microLEDs de tamanho mais pequeno, a Samsung resolve esse problema e passa a permitir essa utilização - simultaneamente aproveitando o conceito modular para que cada pessoa possa potencialmente criar um ecrã literalmente à medida da sua sala. O The Wall mostra-nos um ecrã de 146", mas facilmente poderia ser mais pequeno (e económico)... ou maior.
Embora a Samsung ainda não tenha revelado grandes dados técnicos, para além de dizer que este ecrã permite atingir uma luminosidade de 2000 nits e que os microLEDs são de escala microscópica, seria interessante saber se o conceito modular deste The Wall poderia permitir que fossem os próprios utilizadores a adicionar módulos posteriormente (em vez de ter que vir pré-configurado). Isso poderia permitir que uma pessoa pudesse começar com um ecrã "pequeno", e ao final de um ano pudesse fazer o "upgrade" para um ecrã maior (assumindo que haveria calibração de cores e brilho para garantir que não haveria diferenças entre os módulos novos e antigos).
... Parece-me uma excelente aposta da Samsung, e que contorna a dificuldade de produzir ecrãs OLED de grandes dimensões, onde um único pixel avariado no meio de milhões pode inutilizar o painel.
Falta saber o preço... por metro quadrado de ecrã! :)
Nota: a vantagem dos LEDs e microLEDs face aos OLEDs é que, não utilizando compostos orgânicos (o "O" dos OLEDs) têm uma longevidade muito superior a estes, podendo durar até 30 vezes mais, resolvendo de uma vez por todas as preocupações com esse factor.
Podem também ter um consumo até 50% inferior aos OLEDs (especialmente nos casos dos ecrãs OLED com microfiltros), o que também é um factor importante tanto para ecrãs de grandes dimensões, como para ecrãs de equipamentos móveis (motivo pelo qual também há muitos interessados nestes ecrãs para smartwatches e smartphones).
Temos é de ver os contrastes, esta tecnologia supostamente não consegue colocar os pretos ao nível de um Oled .
ResponderEliminarO preto do microLED é tão preto como os Oled pois também não emite luz nenhuma.
EliminarAntes de escrever um comentário sem noção que tal utilizar o Google primeiro?
https://www.androidauthority.com/micro-led-display-explained-805148/
Fico contente em saber que existe um concorrente directo ao OLED e que será muito mais barato!
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