A SpaceX já colocou em órbita os dois primeiros satélites da sua futura rede de acesso à internet via satélite; os primeiros de uma constelação de milhares de satélites que superará tudo o que já foi feito até à data.
Depois de alguns adiamentos no lançamento, a SpaceX lá conseguiu enviar os dois primeiros satélites da ambiciosa rede Starlink para o espaço. Baptizados de Tintin A & B, estes satélites são ainda versões experimentais simplificadas que têm por objectivo validar os sistemas de comunicação, e neste momento já estão a comunicar com as estações terrestres e parecendo operar dentro dos parâmetros previstos.
Se não houver problemas, os primeiros satélites "a sério" da rede Starlink deverão começar a ser lançados já no próximo ano, tendo como objectivo - numa primeira fase - criar uma constelação de 4425 satélites até 2024, que permitirá aceder à internet via satélite com velocidades e latência equivalentes às de uma ligação gigabit doméstica. Mas se pensam que isto já é megalómano, importa dizer que numa segunda fase a ideia é adicionar mais 7500 satélites extra, em órbita ainda mais baixa, para melhorar ainda mais a cobertura e capacidade da rede.
... Para além dos planos de colonizar Marte, assim que se começa a ver a SpaceX a tirar vantagem dos seus lançamentos de baixo custo, fazendo algo que num passado não muito distante seria considerado "impossível". Elon Musk referiu ainda que a password da rede "WiFi" destes satélites é "martians" - sabendo como ele é, é bem provável que não esteja a brincar. :)
First two Starlink demo satellites, called Tintin A & B, deployed and communicating to Earth stations pic.twitter.com/TfI53wHEtz— Elon Musk (@elonmusk) February 22, 2018
Será que uma pessoa que viva no rés-do-chão de um prédio de 30 andares consegue ter sinal de satélite com tanto betão por cima?
ResponderEliminarComvem por a antena no exterior certamente.
ResponderEliminarSou só eu que vejo isto como uma das maiores jogadas do Elon Musk para melhorar a navegação dos automóveis da Tesla, uma vez que são tão dependentes de internet?
ResponderEliminarEstás a ser pouco ambicioso... Esta "jogada" vai ter impacto muito maior... a começar pelo facto de, finalmente, poderes dizer adeus aos operadores tradicionais, que até aqui têm tido "o pão e o queijo" nas mãos...
EliminarAgora é que vamos ver o que vale a verdadeira fidelidade, e se os utilizadores se sentem satisfeitos com o serviço que têm e o mantêm... ou se saltam fora à primeira oportunidade que tiverem.
... Parece-me que neste momento só a Vodafone é que (quer seja por isto, ou por outros motivos) tem tido essa atitude "positiva" para com o cliente; os restantes ainda estão na era de tentar algemar os clientes ao serviços com unhas e dentes... e vai sair-lhes caro (digo eu).
Essa rede de satélites vai ser gerida por quantas entidades? Haverá concorrência?
EliminarA concorrência já existe, só não têm os recursos para competir a nível de satélites como a SpaceX. Só it's GG
EliminarAcho que ninguém percebeu a jogada dele.... a exploração espacial não traz retorno financeiro, ele vai vender internet por satélite, e aí que vai buscar o investimento pra Marte.
Eliminar*a exploração espacial ainda não traz retorno financeiro
EliminarDecididamente quero seguir esta saga! Se quero! ;)
ResponderEliminarHá aqui qualquer coisa que me está a escapar. Carlos, estás contente por podermos dizer adeus às operadoras tradicionais, mas a alternativa é uma rede de satélites de uma só empresa?
ResponderEliminarDepois de todos os anos de "abusos" que sofri (e muitos que ainda sofrem por não terem qualquer alternativa)? Sim; que venha uma empresa que obrigue as outras a repensar a estratégia.
EliminarConheces aqueles casos em que és cliente da operadora "N", e literalmente te tratam como lixo ao tentares renegociar por saberem que não tens alternativa na tua área; mas no dia em que chega a operadora "V" já te vêm oferecer tudo e mais alguma coisa? É a esse tipo de coisa que me refiro e acho vergonhoso.
O que esta rede fará automaticamente (espera-se) é que automaticamente todas as pessoas tenham alternativa, e por isso passem a ser tratadas "da segunda forma" em vez "da primeira" - independentemente da fibra ou cabo não passar lá à porta da sua casa.
Sei perfeitamente o que isso é...
EliminarTinha a operadora "M" que não me dava alternativa em nada e tinha um custo de 38€.
Assim que a Fibra apareceu contratei a operadora "V" e fiz o contrato. No dia que o meu contrato com a anterior fez os 24 meses começaram a ligar, com ofertas que igualavam o preço da "V", ofereciam videoclube, um telefone móvel e ainda 100Mb de net móvel. Só faltou oferecer a SportTV, mas fibra é fibra e agora tenho 100mb garantidos
vai dar um bom monopólio :) maior ao que já existe :)
ResponderEliminarUm monopólio mais preocupante que aquele que se vê agora em Portugal. A SpaceX atualmente domina os foguetões numa vertente privada. Mesmo que alguma empresa (ATT, Verizon, etc.) queira atacar a internet da SpaceX não o conseguirá fazer sem recorrer aos seus serviços pelo que a SpaceX poderá (e provavelmente irá) dificultar-lhes bastante a vida. De resto todos sabemos o quão mau é ter monopólios...
EliminarPara mim, considero-os mais como pioneiros que como monopólio.
EliminarJá havia empresas a enviar satélites para o espaço antes da SpaceX existir, continuará a haver no futuro. O que eles fizeram equipara-se ao que Ford fez com os automóveis: havia várias marcas, que faziam carros quase "por medida" e extremamente dispendiosos; ele implementou o sistema de fabrico em série, que baixou drasticamente os preços - e depois os outros seguiram o exemplo.
Aqui é precisamente o mesmo... Ninguém impede outra empresa de fazer o mesmo que a SpaceX está a fazer, e seguramente outras vão surgir...
Seria monopólio se apenas a SpaceX fosse autorizada a oferecer o serviço. Como não é assim que funciona a sua percepção é errada.
EliminarJá existe oferta de via satélite de Internet aos anos! https://www.satinternet.com/pt/
ResponderEliminarAgora comparem a oferta actual com a futura da SpaceX e veremos se isto vai dar o salto ou não! É que actualmente a Internet via satélite ainda não é alternativa à fibra-óptica, 4G e ao cabo (quando este funciona bem)... só ao ADSL que costuma ser miserável fora dos grandes centros urbanos, e às vezes nem dentro dos centros urbanos.