Os eletrocardiogramas podem vir a tornar-se numa excelente forma de validar a identidade de uma pessoa, podendo até servir para determinar as suas emoções e estado de espírito, segundo os resultados obtidos por uma equipa de investigadores da Universidade de Aveiro.
Que os eletrocardiogramas (ECG) permitem avaliar o estado do nosso coração, isso não é novidade. No entanto, esses sinais, embora idênticos entre todas as pessoas com corações saudáveis, contêm também variações suficientemente únicas para que possam servir para identificar indivíduos. Mais ainda, essas variações são até suficientes para se distinguirem entre diferentes emoções que a mesma pessoa esteja a sentir.
As potencialidades são imensas, já que com um sistema deste tipo se poderá não só validar a identidade de uma pessoa, como também determinar se a mesma poderá estar eventualmente sob coacção, com medo, ou em estado "normal". Capacidade que também tem aplicações a nível de diagnóstico em casos de distúrbios mentais, e também pode ser aplicado em investigações criminais como complemento adicional ao conhecido polígrafo.
[a equipa, formada por Susana Brás, Jacqueline Ferreira, Sandra Soares e Armando Pinho]
Imaginando-se que no futuro existam sistemas wearables capazes de registar o nosso ECG em tempo real de forma contínua (sabe-se que a Apple e outras empresas têm trabalhado nesta área), sistemas como este poderão servir para que os nossos assistentes digitais tenham a capacidade para detectar se estamos, tristes, alegres, zangados, e ajustarem-se automaticamente em função disso. Por exemplo, ao chegar a casa o assistente digital poderá apresentar um cenário mais relaxante com cores e música adequada a quem estiver irritado; ou optar por música mais alegre para quem estiver animado.
Actualmente já assistimos a casos em que os wearable alertaram os utilizadores para situações de emergência médica, potencialmente salvando-lhes a vida; quem poderá imaginar o que mais será possível fazer-se com toda esta informação que os ECGs podem fornecer?
Sim de facto há aqui pano para mangas, fico muito contente por ver as nossas Universidades cada vez mais a optarem por ter projectos com interesse social, a Universidade de Aveiro e a do Minho são particularmente activas .
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