A Xiaomi tem tanta variedade de produtos que até parece estranho sentir necessidade de criar uma sub-marca, mas é isso que acontece devido ao peso do mercado indiano.
A Índia é o mercado mais apelativo do momento, com mais de 1.3 mil milhões de pessoas e uma economia emergente onde a Xiaomi já se tornou no líder de mercado de smartphones, superando a Samsung. O problema é que esta conquista foi feita à custa de modelos económicos, e isso criou um problema "de imagem", com a marca Xiaomi a ter ficado associada a esses modelos de baixo custo.
A solução encontrada pela Xiaomi foi a criação de uma nova marca - a Poco - destinada ao segmento "de luxo" para o mercado indiano.
O primeiro smartphone será o Pocophone F1, com ecrã recortado, Snapdragon 845, 6GB de RAM, 64/128GB, câmara frontal de 20MP com reconhecimento facial, bateria de 4000mAh, emissor IR (algo que estranhamente a Xiaomi parece estar a abandonar nalguns dos seus modelos), ficha de 3.5mm e USB-C; e preços na Índia que serão de $480 e $540 dependendo do modelo.
Não são características que surpreendam, já que não faltam modelos Xiaomi com características equivalentes, mas desta forma a Xiaomi tem maior liberdade para se manter como "marca de baixo custo" para as massas, e atrair o segmento mais endinheirado com estes Pocophones. Infelizmente, a Xiaomi parece que continuará a optar pelo MIUI para este modelos, perdendo uma excelente oportunidade para os lançar com Android One e um Android mais próximo da versão standard, que o mercado indiano parece apreciar.
Supostamente, a Xiaomi também parece interessada em disponibilizar os Pocophones internacionalmente, algo que me parece que só virá criar maior confusão num sector onde já conta com modelos bastante variados que vão dos modelos económicos aos não tão económicos (como o Mi 8 e futuro Mi Mix 3).
Não sei... Essa marca sabe-me a POCO. hehe
ResponderEliminarA Huawei lança uma nova marca - Honor - para smartphones mais baratos na China.
ResponderEliminarA Xiaomi lança uma nova marca - Poco - para smartphones mais caros na Índia.
Não há dúvida que o lucro do negócio dos smartphones está no segmento "premium", dos mais caros. Não é só a Apple que tem modelos acima dos $1000 (sem impostos). Pode dar-se o caso de quem estiver disposto a pagar por um "premium" queira que seja facilmente identificável pela marca - no Android, pelo modelo não se chega lá porque são mais que as mães.
Acho que a Huawei e a Xiaomi o que estão a fazer é a dividir os seus smartphones em "para ricos" e "para pobres". Como há muita gente a querer passar-se por rico pode ser que as empresas estejam a contar que abram os cordões à bolsa :)