2018/10/10

Andy Rubin quer criar "smartphone" com AI que substitua o utilizador


Reconhecendo a realidade do mercado, Andy Rubin aposta agora o futuro da Essential na criação de uma nova classe de dispositivos que libertem o utilizador das tarefas que lhe roubam tempo no seu dia a dia, apostando na inteligência artificial para fazer esse trabalho por si.

Andy Rubin pode ter sido o criador do Android, mas desde a sua saída da Google que as coisas não parecem estar a correr muito bem. O Essential Phone foi um smartphone bastante atractivo, mas que não conseguiu obter vendas significativas (ao ponto da empresa ter cancelado o desenvolvimento do seu sucessor); e também o projecto que pretendia criar um "smart speaker" sofreu igual destino - provavelmente reconhecendo as fracas hipóteses de sucesso face aos Echo da Amazon e crescentes família de dispositivos com Google Assistant que vão chegando ao mercado. Por isso, Andy Rubin aposta agora na criação de algo que, se correr bem, poderá representar o próximo salto, com uma maior aproximação aos assistentes digitais inteligentes.

A ideia da Andy Rubin é criar um "smartphone" (que fisicamente poderá não ter muitas semelhanças com os smartphones actuais) que servirá quase exclusivamente como ponto de acesso a uma assistente com inteligência artificial. O objectivo é que essa A.I. possa tratar dos assuntos em nome do utilizador, indo ao ponto de responder mensagens por si.

Levado ao extremo, poderia ser algo idêntico ao que foi visto no filme "Her", onde esse conceito era reduzido à utilização de um auricular que nos dava acesso à nossa AI particular; mas regressando ao mundo da realidade... é um objectivo ambicioso que levanta muitas dúvidas. Bastará ver que o próprio Duplex da Google - o sistema que permita ao Google Assistant telefonar para restaurantes para fazer marcações, interagindo com um funcionário humano - por muito impressionante que seja, continua a ter bastantes dificuldades (será disponibilizado nos Pixel ainda este ano, mas apenas em 2 ou 3 cidades norte-americanas). E aplicar esse conceito a algo ainda mais vasto que simples marcações de restaurante representa dificuldades em ordens de magnitude superiores.

Por um lado, seria bom ver a Essential a ter sucesso nesta área, forçando todos os "gigantes" a acelerarem o passo... Mas até que seja capaz de nos demonstrar essa AI "mágica" que realmente nos poupe trabalho (em vez de o duplicar, forçando-nos a rever tudo o que a AI fez em nosso nome, para sabermos se não cometeu nenhum atrocidade), teremos que permanecer cépticos.

1 comentário:

  1. Vejam o que o ELon Musk tem a dizer sobre a AI - https://www.youtube.com/watch?v=-FzYqCX3zJM

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