2018/11/05

A evolução dos preços dos iPhones ao longo dos anos


Mais de uma década após ter lançado o iPhone - ridicularizado e condenado ao fracasso por algumas pessoas que consideravam ser impossível a Apple conseguir vender um smartphone de $500 - os iPhones não só continuam a ser um sucesso, como vão atingindo valores cada vez mais elevados.

Quando se olha para trás e se espreita a evolução do preço dos iPhones ao longo dos anos, fica bem clara a forma que a Apple encontrou para manter os lucros sem aumentar as vendas: com um aumento substancial do preço nos últimos anos.



Depois de ter "habituado" o mercado aos iPhones a $499, os preços foram aumentando gradualmente ao longo dos anos. De 2011 a 2014 os preços subiram progressivamente dos €600 para os €700 com os iPhone 4S, 5, 5S e 6 - sendo que neste último se introduziu também os modelos "Plus", que deram o salto para os €800. Essa tendência manteve-se nos anos seguintes, com o iPhone 6S, 7 e 8 a subirem em direcção aos €800, enquanto que os modelos Plus superavam os €900.

Mas em 2017 tudo mudou com a chegada do iPhone X, que deu o salto para lá dos €1100 e validou a táctica da Apple, reforçada este ano com a chegada dos modelos XS e XS Max, sendo que este último volta a a elevar a fasquia para cima dos €1200.



É também interessante espreitar a escala que vai separando o modelo mais barato e mais dispendioso vendidos pela Apple a cada ano. Embora no patamar de topo se tenha assistido a um aumento de mais de 50% entre o iPhone 4S com 64GB de 2011 e o mais recente iPhone XS Max de 512GB (que actualmente custa €1679), a Apple tem também tido o cuidado de manter um patamar "acessível" de acesso ao mundo dos iPhones, com modelos que se têm mantido na casa dos €500 nos últimos anos. Em Portugal, o iPhone mais barato actualmente vendido pela Apple é o iPhone 7 de 32GB, por €539.

Deste modo, continua a ter uma gama de produtos para "todas as carteiras" (e por onde "todas" nos referimos a quem esteja disposto a pagar mais de 500 euros por um iPhone 7 com tecnologia de há dois anos atrás), mas usando esse mesmo argumento como forte incentivo para que os clientes paguem mais umas centenas de euros pelos modelos mais recentes.

Até quando é que esta táctica irá durar? Isso só o tempo dirá. O que é certo é que mesmo pessoas que comparavam iPhones novos a cada ano têm abdicado desse ritual devido aos preços crescentes, passando a fazê-lo apenas a cada dois ou três anos; e se a Apple eventualmente achar que as vendas estão a reduzir-se de forma preocupante, continuará a ter diversas formas de lidar com isso - incluindo o lançamento de um iPhone "mini" que venha ocupar o lugar do desaparecido iPhone SE. Mas até lá, continua a ser um caso único no sector, açambarcando a fatia de leão dos lucros nos smartphones.

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