2019/01/31

iPhones de 2020 reforçam aposta na realidade aumentada


Estamos a mais de meio ano da chegada da nova geração de iPhones, mas os rumores sobre as grandes apostas da Apple para este ano já começam a circular, sendo que a continuação da aposta na realidade aumentada e o recurso a câmaras 3D melhoradas parecem ser um dos pilares fundamentais para a próxima geração de iPhones.

Segundo as últimas indicações, para além das novidades aguardadas para este ano, com o iOS 13 (que deverá incluir um "dark mode" que poderá forçar mesmo apps que não estejam preparadas para isso, a funcionar em modo escuro mais adequado para os ecrãs OLED), a possível utilização de um sistema de câmara tripla e a eventual transição da ficha lightning para uma ficha USB-C, a grande aposta da Apple para o próximo ano será um reforço nas capacidades de realidade aumentada e câmaras 3D.

Com o iPhone X, a Apple surpreendeu o mundo ao aplicar um sistema de reconhecimento facial 3D usando uma câmara com sistema de projecção - algo que por si só não era novidade (era utilizado pelo Kinect há anos), mas que muitos duvidavam que conseguisse ser aplicado num smartphone, devido ao volume e energia necessários. Também nessa altura revolucionou o sector da realidade aumentada ao lançar o ARKit, um sistema que facilitava a criação de apps de realidade aumentada, com tracking de alta-qualidade, dispensando a necessidade de ter uma equipa especializada nessa tecnologia. Para melhor percebermos este impacto, foi algo que obrigou a Google a reequacionar toda a sua aposta neste sector (até aí feita com o Project Tango) e dando origem ao ARCore, que basicamente replica o ARKit.


O efeito disto foi disponibilizar, de forma imediata, uma enorme e vasta plataforma pronta a consumir conteúdos de realidade aumentada; e embora isso ainda esteja a ser feito de forma modesta, a Apple parece acreditar que será esse o caminho a seguir para o futuro (e sem dúvida que o será, se assumirmos que a evolução dos smartphones passará pelos "smart glasses" - algo que os rumores indicam que a Apple também está a trabalhar e onde está excelentemente posicionada para apanhar o mercado de surpresa, à semelhança do que fez com o Face ID (embora seja provável que demore ainda vários anos a desenvolver tecnologia para criar algo ao estilo de uns HoloLens ou Magic Leap num formato "aceitável").

Um dos passos nesse caminho passará por trocar o actual sistema de projecção de pontos por uma câmara Time of Flight verdadeiramente 3D, que terá como vantagem adicional expandir o alcance do reconhecimento 3D dos 50cm para cerca de 5 metros. Se isto for aplicado a uma das câmaras  traseiras, dará ao iPhone a capacidade de reconhecer o mundo com maior precisão do que nunca, para uma interacção mais realista com os elementos virtuais da realidade aumentada.

Será isto suficiente para cativar o público de forma a convencê-los a adiantar a compra de um novo iPhone? Isso, teremos que esperar mais um par de anos para descobrir...

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