Depois do Facebook, é agora vez da Google ser apanhada a usar a mesma táctica abusiva de usar o seu certificado privado para instalar uma app que permite a monitorização de iPhones, em troca de cupões de oferta.
Ainda o caso do Facebook se está a iniciar - por agora com a Apple a ter suspendido o seu certificado, o que imediatamente impede a utilização de todas as suas apps internas - e descobre-se que a Google também tem usado precisamente a mesma táctica, aliciando utilizadores a utilizar a sua app de monitorização de tráfego no iOS chamada Screenwise Meter.
A única diferença é que neste caso a Google não esconde ser a empresa por trás disso, e indicando claramente o objectivo da app, e em vez de pagar os utilizadores voluntários em dinheiro utiliza cupões de oferta. Disponibiliza também uma forma de desactivar o processo temporariamente, para quando um utilizador desejar privacidade, mas não é isso que está em causa.
O que está em causa não é a existência deste programa (sendo que já tínhamos falado do Screenwise em 2012) mas sim que, à semelhança do que o Facebook fez, a Google está a utilizar o sistema de instalação manual que contorna a App Store, utilizando o seu certificado empresarial que se destina exclusivamente à distribuição de apps por funcionários da própria empresa.
Por agora - tendo sido "descoberta" - a Google optou por suspender imediatamente este programa, aguardando-se agora que repercussões irá ter por parte da Apple. Será que, à semelhança do que fez com o Facebook, também aqui a Apple irá cancelar o certificado e impedir a utilização de todas as apps internas da Google em dispositivos Apple? Ou será que terá direito a tratamento diferenciado?
O que é certo é que se se tratasse de uma qualquer outra empresa, o mais certo era terem sido banidos permanentemente da plataforma da Apple, sem qualquer possibilidade de apelo. Pelo que, mesmo que sejam "castigados", já estarão a ter tratamento especial face a outros developers.
... Fica também por responder como é que a Apple não terá detectado esta situação mais cedo, ao ver os certificados da Google e Facebook a serem utilizados para instalar apps num número de equipamentos que seguramente ia para além do número de funcionários da empresa (até 10 mil utilizadores, seria possível usar a plataforma TestFlight destinado a testar apps, e que foi comprado pela Apple).
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