Demonstrado o pesadelo que a aprovação do "artigo 13" irá potenciar, temos já o caso prático de todos os atropelos que impedem a utilização legítima de músicas no YouTube para efeitos educativos.
Os proponentes do artigo 13 dizem que a exigência de filtros de uploads em nada irá afectar as utilizações legítimas de conteúdos, mas a realidade demonstra algo bem diferente. Mesmo sem o artigo 13 em acção, os sistemas já implementados de reconhecimento de conteúdos servem como prenúncio para o tipo de situações que se multiplicará exponencialmente com a aplicação do artigo 13.
Neste caso, temos canais de ensino de música que estão a ser penalizados por apenas tocarem trechos com menos de 5 segundos de músicas (e de notar que não estão a usar um trecho de uma música gravada, mas sim de alguém a tocar um pequeno excerto). Até vídeos onde possam ser vistas algumas partituras por alguns instantes estão a ser alvo de queixas de copyright, que também servirá como indicador de como as coisas já estão neste momento.
E depois ainda nos dizem que não razões para recear o artigo 13, e que todas as utilizações legítimas estarão contempladas... Digam isso quando virem um vídeo doméstico gravado durante uma viagem de férias ser penalizado no YouTube, porque as crianças no banco de trás iam a cantar uma qualquer música conhecida. (Nota: e não, não se trata de ficção, já é a realidade actual.)
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ResponderEliminarSou contra o artigo 13 mas parece-me que há aqui oportunidade de negócio para um canal de video que consigo aplicar a lei no limite e não fazer concessões alem disso.
ResponderEliminarGostava de saber o que é que esse video tem a ver com o artigo 13 ou alguma das alterações no copyright. O youtube sempre fez o que acontece nesse video, muito antes dessas alterações se quer terem sido faladas pela primeira vez, nada de novo.
ResponderEliminarO art 13 vai possibilitar que coisas deste tipo se tornem ainda mais abrangentes e frequentes.
EliminarIsso parece-me teórico. Mas aí nenhum de nós tem prova do contrário, por isso vou esperar para ver, até que me mostrem realmente terem sido afetados quando não deviam, porque existe muitas razões para ser afetado legitimamente, coisa que muitos "criadores" na net de hoje se esquece porque se habituou a copiar e roubar tudo sem prestar contas a ninguém.
EliminarTeórico? Só para quem não usar o YouTube.
EliminarJá levei com queixas sobre conteúdos que eram disponibilizados pelas próprias marcas para utilizar em vídeos.
Já levei com queixas em vídeos domésticos só por se ouvir rádio "de fundo".
Já levei com queixas em vídeos que tinham músicas originais minhas.
Já levei com queixas em vídeos meus que diziam ser coisas sem qualquer relação - por exemplo, que era algo pertencente a um programa de TV de outro país.
De notar que, de cada vez que isto acontece, não és tratado como se isto pudesse se um erro. És tratado como se fosses automaticamente um criminoso, com linguagem e processos que "até metem medo" (ameaça constante de ficar permanentemente bloqueado, processos legais, etc. etc.)
Quanto aos conteúdos realmente ilegais... continuam a existir, em contas falsas que, quando detectadas, simplesmente passam para uma nova conta. E isso continuará a acontecer para quem simplesmente "rouba e copia". Quem se lixa é quem vai tentando fazer as coisas direitas, e sinalizado erradamente por estes sistemas automáticos (ou queixas fradulentas sem mérito, que não resultam em qualquer penalização para quem as faz).
"Teórico? Só para quem não usar o YouTube.
ResponderEliminarJá levei (...) Já levei"
Se já levaste então não teve nada a ver com leis que ainda nem estão em funcionamento, não é? Então como disse, é teórico. O artigo 13 e amigos ainda não fizeram nada a ninguém, portanto mais uma vez, é teórico.
Até porque eu disse no meu comentário que sim, isso acontece no youtube mas sempre aconteceu, não tem nada a ver com artigos 13 etc, é disso que se está a falar aqui.
Mais uma vez: isto é para relembrar como as coisas *já são*. Qual a dúvida em perceber que com o Artigo 13 ficarão muito piores, ao aumentar a responsabilidade das plataformas sobre os conteúdos enviados pelos utilizadores - em vez de a manter sobre os utilizadores como actualmente.
EliminarMas o tempo o comprovará... (Embora nenhum prazer tenha em depois dizer "eu bem avisei" - e por "eu" relembro que não fui apenas eu a avisar, mas vários milhões de pessoas.)