Combinar mobilidade com potência suficiente para os jogos não é fácil, mas é a isso que se dedica a linha de portáteis Omen da HP, com o nosso Luis Costa a dizer-nos que tal foi a sua experiência com um.
O mercado do gaming não pára de crescer, conseguindo nesta altura movimentar milhões em eventos que facilmente rivalizam com os desportos ditos tradicionais. Não é por isso de estranhar que as grandes marcas lutem ferozmente entre si para dominarem este sector. A HP é disso exemplo, tendo ao longo dos últimos 3 anos vindo a recuperar a sub-marca OMEN. Em 2017 tivemos oportunidade de confirmar isso mesmo, numa análise a um portátil OMEN, que se revelou uma opção interessante, para quem pretende jogar em mobilidade.
O HP Omen 15-dc1006np
Revisitamos agora este assunto com um novo portátil OMEN, mais especificamente a versão 15-dc1006np. Embora esta referência se apresente no site da marca com uma gráfica GeForce RTX 2060, a versão testada vinha equipada com uma gráfica bastante inferior, a GeForce GTX 1050Ti.
Conta com um processador Intel Core i7-8750H (com 2,2 GHz de frequência base, até 4,1 GHz, Tecnologia Intel Turbo Boost, 9 MB de cache e 6 núcleos), 16GB de RAM (SDRAM DDR4-2666), SSD PCIe NVMe M.2 com 256 GB, ecrã FHD IPS antirreflexo, Intel Wireless-AC 9560 802.11 b/g/n/ac, Bluetooth 5.0, colunas Bang & Olufsen, câmara HP Wide Vision HD e bateria de 70Wh. Mede 36 x 26,3 x 2,6 cm e pesa uns relativamente simpáticos 2,41Kg.
O símbolo da OMEN continua a ser elemento central no design utilizado pela HP, mas as linhas apresentadas são agora bastante mais elaboradas e modernas, como de resto se exige a uma marca que pretende ser líder neste segmento de mercado,
As margens do ecrã estão bem mais reduzidas, com apenas a margem inferior a manter uma dimensão na ordem dos dois centímetros.
O teclado é retro-iluminado mas está limitado a um nível de intensidade. Há também a possibilidade de manter iluminado um conjunto restrito de teclas. A margem inferior da base é larga o suficiente para apoio dos pulsos enquanto se escreve ou joga.
O touchpad apresenta uma dimensão aceitável, com os botões a estarem colocados na zona inferior.
Do lado esquerdo, apresenta uma porta USB 3.1 (Gen1), entrada para microfone, saída de som para jack de 3,5mm e um leitor de cartões SD.
Do lado oposto, a entrada para a ficha do transformador (200W) e mais uma porta USB 3.1 (Gen1).
Na traseira temos ainda uma porta de rede RJ45, uma terceira porta USB 3.1 (Gen1), porta HDMI, mini DisplayPort 1.4 e uma porta USB tipo C compatível com Thunderbolt 3.
A ventilação é assegurada por duas áreas para fluxo do ar, na traseira do chassis do portátil.
No zona inferior, duas zonas perfuradas, para permitir a alimentação de duas ventoinhas, que são as responsáveis por colocar o sistema de refrigeração em funcionamento.
Em utilização
Preparar uma máquina para testes pode ser uma verdadeira epopeia e este HP OMEN não foi excepção, com a habitual ronda de actualizações do Windows 10 a fazerem derrapar o início dos testes.
O processador Intel Core i7-8750H consegue bater-se muito bem com os novos CPU Intel de 9ª geração, mas o mesmo já não se pode dizer da gráfica utilizada no modelo em testes com a NVidia GTX 1050Ti a já não conseguir disfarçar o peso da idade, face à mais bem musculada RTX 2060.
O disco SSD, está ao nível do que se pode esperar de um equipamento de topo, com velocidades de leitura e escrita capazes de suportar um desempenho elevado, que apenas poderá ser comprometido, pelo espaço livre para instalação dos jogos.
Para testar o nível de desempenho da máquina, recorri ao já velhinho Call of Duty - Infinite Warfare, o mesmo jogo que foi utilizado na análise do último portátil OMEN que por cá passou.
A GTX 1050 Ti apresenta um nível de desempenho bastante superior à GTX 965 que equipava o modelo testado em em 2017. Com esta 1050 Ti já é possível puxar alguns do parâmetros para "High" sem reduzir o número de frames por segundo. Não é contudo, ainda suficiente para colocar todos os parâmetros no máximo, pois a máquina vai começar a arrastar-se e estragar a experiência de jogo.
Começando a jogar, há algo que rapidamente irão constatar: o sistema de refrigeração faz mesmo muito barulho, tornado-se incomodativo tanto para quem joga como para todos os que estiverem por perto. Se para o jogador este problema será facilmente abafado pela utilização de uns headphones, para os restantes a situação poderá ser mais chata.
Com o passar do tempo as temperaturas sobem para valores bastante elevados. Há contudo que referir que a prestação do portátil não sofreu alterações, com o frame rate a manter-se nos níveis esperados.
Para garantirem que tudo está a funcionar como esperado, têm o "Centro de Comando", um precioso auxiliar que além das temperaturas também permite gerir a prioridade no acesso à rede e fazer stream das sessões de jogo.
As teclas têm um curso suficientemente longo para garantir uma boa cadência de texto, tendo também respondido bem ao tratamento de choque quando a jogar. O touchpad não será contudo opção para este fim, pelo que deverão optar por um bom rato.
Não sendo uma máquina pensada para a produtividade, este portátil OMEN apresenta argumentos suficientes para se constituir como uma boa máquina de trabalho, com a porta USB-C a poder ser o passaporte para a ligação de um monitor, como o Philips 328P6VUBREB, que com as suas 32" e uma resolução 4K, dá outra versatilidade ao equipamento.
Apreciação final
Este portátil OMEN dc1006np é uma máquina interessante, com um nível de desempenho interessante, mas que não está isenta de falhas, com algumas delas a poderem ser capitais para o utilizador. O sistema de ventilação, quando a máquina esteja ligada ao carregador, tem tendência para se ligar, levantandp a questão do ruído, bastante elevado. Seria compreensível a jogar, já não se pode dizer o mesmo em utilização normal ou a navegar na internet.
A gráfica NVidia 1050Ti é suficiente para um desempenho mediano, mas quem procure uma máquina de gaming a longo prazo terá de apostar num modelo mais musculado (e mais caro...), como é o caso da GeForce RTX 2060. O SSD de 256GB é rápido, mas curto para instalar vários jogos, pelo que um disco secundário se torna obrigatório. O processador apresenta um bom nível de desempenho, mas já estão disponíveis no mercado máquinas com CPUs de 9ª geração por um preço semelhante ao deste OMEN.
Com um preço na casa dos 1200€, este portátil HP OMEN não tem a vida facilitada, bem pelo contrário. Se fosse algumas centenas de euros mais barato, seria uma opção bem mais interessante, mas não é o caso actualmente, pelo que sai desta análise com um "Morno".
HP OMEN 15.6" GTX 1050Ti
Morno
Prós
- Linhas atractivas
- Desempenho do SSD
Contras
- Gráfica limitada
- Sistema de ventilação
Portátil gaming HP OMEN
Aberto até de Madrugada
Morno (3/5)
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