Enquanto se aguardam pelas baterias revolucionárias (que poderão surgir em breve), a Pipistrel opta por não esperar mais e quer bater diversos recordes mundiais com a sua avioneta eléctrica Velis Electro numa viagem dos Alpes ao Mar do Norte.
O Pipistrel Velis Electro é um avião destinado ao ensino, que graças à sua fonte de energia poderá tornar muito mais acessíveis o custo de acesso aos céus. Para demonstrar o quanto a tecnologia dos aviões eléctricos já evoluiu, o fabricante quer fazer um voo histórico entre os Alpes e o Mar do Norte, começando na Suiça e terminando na ilha de Norderney, a 700 km de distância.
Este avião conta com várias melhorias face ao anterior Pipistrel Alpha Electro, incluindo baterias de maior capacidade e motor mais potente. Ainda assim, será um voo pontuado por inúmeras paragens para recarregamento, já que tem apenas uma autonomia de voo para cerca de 100 km. O tempo de carregamento anunciado de 35% a 95% é de 1h20m, com um carregamento de 30% a 100% a demorar cerca de 2 horas.
Durante esta aventura a Pipistrel espera bater os seguintes recordes mundiais:
- Menor consumo de energia (kWh/100km) para percorrer 700 km
- Menor número de recarregamentos num voo eléctrico de 700 km
- Maior velocidade média para percorrer 700 km
- Maior altitude atingida por um avião eléctrico
- Mais rápida ascensão 0-1000m / 1000-2000m / 2000-3000m (m/s)
- Maior velocidade média para percorrer 100km
- Maior distância voada por um avião eléctrico em 24 / 48 / 56 horas
O Velis Electro conta com um motor de 60kW integrado num sistema de 345VDC, com duas baterias redundantes em paralelo com um total de 24.8 kWh, anunciando uma velocidade máxima de 181 km/h e podendo atingir uma altitude de 3660 metros.
Não vejo grande futuro nos aviões eléctricos, pois nesse meio de transporte as baterias nunca conseguirão competir com os motores a jacto.
ResponderEliminarPara os aviões a hélice, a capacidade das baterias actuais é claramente insuficiente para as necessidades de médio (300km?) ou longo alcance.
Para esse meio de transporte fará mais sentido investir em carburante sintético para substituir o de origem fossil do que em baterias.
Espero que um dia seja possível aviões de todos os tamanhos funcionarem inteiramente a energia eléctrica, sem necessidade de combustíveis fósseis, mas tal não se advinha fácil, pois meter um reactor nuclear como fazem nos porta-aviões militares não parece lá muito boa ideia dado o historial de acidentes na aviação que está muito longe de ser zero mesmo sendo dos meios de transporte mais seguros.
ResponderEliminarA esperança é que consigam desenvolver fontes de acumulação de energia com muito mais capacidade/ durabilidade/ leves e simultâneamente seguras e baratas... não parece de todo impossível... será que alguém conseguirá aceder a essa informação e trazer para a prática aqui na Terra? A ver vamos.