2020/09/05
Alunos contornam correcção automática de testes online
Com o Covid-19 a ter fomentado o ensino à distância, muitas escolas apressaram-se a adoptar sistemas adequados, incluindo a realização de testes com correcção automática. Mas, como se poderia esperar de alguns alunos, não demorou muito para que descobrissem como contornar o sistema para obterem notas máximas.
Não há qualquer dificuldade técnica em classificar testes de escolha múltipla; no entanto há novos serviços que prometem fazer a correcção automática até para respostas escritas em texto. Só que o processo de correcção, embora possa dizer que utiliza inteligência artificial, acaba por mostrar muitas limitações.
Para enganar o sistema da Edgenuity, depois de algumas tentativas, descobriu-se que bastava escrever um par de frases a falar genericamente sobre o assunto, seguido de algumas palavras chaves relevantes para o tema em questão.
As respostas aproximam-se imenso do tipo de técnicas que alguns sites utilizavam (e ainda utilizam!) para tentar melhorar o ranking no Google, atirando palavras e palavras sem qualquer anexo para artigos ou descrições - e que em tempo até poderiam ter funcionado.
Neste caso dos testes, a táctica ainda funciona, e o sistema de correcção automática parece que se limita a ver se nas respostas existe algumas das palavras chaves indicadas como necessárias. Alguns alunos referem até que, nalguns casos, se podia responder correctamente à pergunta simplesmente copiando e colando o texto da própria pergunta!
Muitas vezes temos visto sistemas de A.I. aprenderem a fazer batota por sua própria iniciativa, por ser a forma mais eficiente de atingirem os resultados que lhes são pedidos. Por isso mesmo, acho que não podemos censurar alunos por se limitarem a fazer o mesmo face às ferramentas com que têm que lidar... Depois só não nos podemos queixar por estar a formar uma geração que venha a falar de forma desconexa, dizendo apenas palavras chaves amontoadas. :)
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