A Tesla volta a enfrentar casos de aceleração súbita, depois de surgirem novos casos na China que até resultaram em vítimas mortais.
Não é a primeira vez que a Tesla enfrenta acusações deste tipo, e infelizmente são casos que vão aumentando à medida que mais Teslas circulam na estrada. No entanto, a mais provável causa para estes incidentes continua a ser a falha humana.
É bastante tentador pensar que num carro eléctrico possam existir bugs que explicassem estes casos, mas ao longo de todos os incidentes e investigações que têm havido sobre este tema, a conclusão é sempre a mesma: que é impossível que um Tesla acelere por si só, e que também a posição do acelerador conta com sistemas redundantes que eliminam a possibilidade de ter sido um erro.
#China:-A Tesla ran out of control and crashed into multiple cars on #Shuangfu Street in #Nanchong City.— A̷s̷h̷i̷s̷h̷ ̷G̷o̷s̷w̷a̷m̷i̷ (@AshishG0swami) September 5, 2020
Many people were injured and fell to the ground. pic.twitter.com/ipyJxWptAl
O que acontece é que o "deslize" de carregar no acelerador quando se pensa que se está a carregar no travão é algo mais frequente do que se pensa. Quando isso acontece num carro a combustão, o mais habitual será que o carro "vá abaixo", ou que devido ao tempo de reacção da viatura permite ao condutor corrigir o erro; mas quando se trata de um carro eléctrico, pisar decididamente no pedal do acelerador dá direito a uma resposta imediata que pode ter consequências trágicas. E basta pesquisar um pouco para ver que isto é algo que não se limita aos Tesla, mas que acaba por se aplicar, de forma geral, a quase todos os automóveis eléctricos.
Há fabricantes que limitam a aceleração dos seus automóveis eléctricos de modo a replicarem uma experiência mais gradual, idêntica à dos automóveis a combustão. A questão é que será difícil para o carro avaliar quando um pisar a fundo no acelerador será algo feito por engano, ou uma manobra deliberada e necessária que poderá retirar o condutor e ocupantes de uma situação de perigo.
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