A táctica é simples, criar apps de baixa qualidade (ou até que nada fazem), mas que pedem subscrição para serem utilizadas, esperando com isso enganar os utilizadores mais incautos. E para lhes dar credibilidade, recorrem a centenas ou milhares de avaliações falsas, que as deixam bem posicionadas nas tabelas da App Store. Uma táctica que se torna ainda mais preocupante quando tem como alvo apps legítimas, inundando a App Store com clones de baixa qualidade que tiram partido da fama e reputação conquistada pela app verdadeira, conseguindo até ficar à sua frente nas tabelas.
In their download and grossing ranks, you see that the volume of ratings is totally unrelated to downloads, and their revenue keeps rising along nicely, due to the nature of the auto-renewing $8/week ($416/year) subscriptions. pic.twitter.com/82jEpWDrzz
— Kosta Eleftheriou (@keleftheriou) February 4, 2021
Só em 2020 a App Store facturou mais de 10 mil milhões de dólares em subscrições na App Store, um aumento de 34% face ao ano anterior, e isto sem incluir apps de jogos. Embora a maioria possa dizer respeito a apps legítimas, parece que o problema das apps falsas com subscrições abusivas (há apps de wallpapers que cobram mais de $400 dólares por ano, em "suaves prestações" de $8 por semana) começa a atingir proporções que a Apple não se pode dar ao luxo de ignorar - se não quiser ser acusada de estar a compactuar com a situação, dando mais valor à sua comissão de 30% do que à protecção dos seus utilizadores e developers.
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