2021/03/02

Deco Proteste avança com processo contra a Apple pelo abrandamento dos iPhones

A Deco Proteste avança com um processo contra a Apple pelo abrandamento dos iPhones, procurando um desfecho idêntico ao que foi dado em Itália, com a Apple condenada a pagar 10 milhões de euros.

O caso do abrandamento dos iPhones, feito secretamente pela Apple e mais tarde - a muito custo - admitido como sendo em "benefício dos utilizadores" para os poupar a encerramentos indesejados no caso de terem baterias envelhecidas, continua longe de estar esquecido. A Deco Proteste, dizendo que não obteve qualquer resposta por parte da Apple nos últimos três anos, avança com um processo em Portugal a propósito deste caso.

A Apple disponibilizou um programa temporário de troca de baterias a preço reduzido para os iPhones afectados, mas a Deco reclama uma indemnização de cerca de 60 euros por iPhone, o que resultaria num valor a pagar de sete milhões de euros para o mercado nacional - embora estranhamente a Deco apenas faça referência aos iPhones 6, 6 Plus, 6S e 6S Plus, aparentemente esquecendo-se do iPhone SE.


O facto dos tribunais já terem decidiu a favor das agências de protecção em Itália seguramente servirá como forte "incentivo" para que a Deco se sinta confiante neste processo.

7 comentários:

  1. Onde deixei as minhas pipocas.. ? 😈

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  2. Boa forma de angariar dados pessoais de mais uns milhares...

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  3. E esses 10 milhões de euros vão para quem?

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  4. Esta penalização que a Apple aplicou aos donos dos seus dispositivos vai muito mais além do que aparenta, pois a Apple como marca de maior influencia no mercado dos smartphones fez com que as outras marcas fizessem o mesmo jogo sujo penalizando o consumidor final.
    Os meus últimos 3 smartphones topo de gama da Google todos sofreram com este mesmo problema e ao fim de 2 anos estavam a desligar-se com níveis de bateria próximos dos 50% de carga restante. Isto é um problema típico numa bateria envelhecida que além de ter perdendo alguma capacidade com o passar do tempo (e utilização normal), também foi aumentando a sua resistência interna (como é normal durante o tempo de vida de uma bateria de lítio) o problema é que quando a resistência interna de uma bateria começa a ser já consideravelmente alta, qualquer consumo maior de corrente (por ex pico de utilização de CPU, juntamente com brilho do ecrã alto, ou até simplesmente o altifalante em alta-voz com níveis se som maiores) pode provocar uma quebra de tensão demasiado grande à saída da bateria, o que inevitavelmente vai causar um crash/shutdown/restart "espontâneo" que muitas vezes não percebemos como é que uma bateria com 30% de carga pode dar origem a um shutdown por "falta de bateria".
    A única coisa que se pode fazer para resolver este problema é trocar a bateria ou reduzir o consumo (que pode ajudar a resolver por mais uns tempos até a resistência interna voltar a ser demasiada para o consumo). E para reduzir o consumo é necessário não deixar o CPU "puxar" toda a energia que estava previsto para manter um nível de desempenho original... Por isso continuo a achar que a DECO (e outras entidades responsáveis) deviam analisar o problema do ponto de vista mais abrangente.
    Não faz sentido ter uma bateria interna num equipamento de gama alta em que o resto de todos os componentes electrónicos podem fácilmente atingir uma durabilidade de 10 anos (sem entrar em discussões se um equipamento com 10 anos serve ou não para o que se pretende) sabendo de antemão que a bateria ao fim de 1 ou 2 anos pode começar a causar problemas graves que comprometem o funcionamento (conforme o tipo de utilização e temperaturas da zona geográfica, etc).
    Assim como não faz sentido comprar os mesmos Gigas de memoria (a preço de ouro) para armazenamento sempre que se troca de smartphone só porque não tem 1 slot para cartão de memoria (mais uma moda da Apple).
    Quero com isto dizer que mesmo não tendo comprando qualquer dispositivo da Apple, sinto-me lesionado e indignado com estas jogadas que há anos que sabem que causam os mais diversos problemas aos consumidores finais mas como dá origem a mais vendas não se preocupam em mudar, sem falar no peso ambiental que acarreta.

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    1. Tenho um xiaomi redmi note 7 4000mAh à 24 meses e não notei alteração na duração da bateria. Tem falhas no software mas isso têm todos os android's por culpa dos fabricantes e da google.

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    2. Todas as baterias sofrem degradação com o uso e com o passar do tempo, no entanto quando a bateria tem uma capacidade acima da média esta degradação só se vai notar ao fim de mais tempo, que é tipicamente quando a bateria não chega para 1 dia de utilização (além que uma bateria mais potente terá uma resistência interna menor e está mais longe do ponto em que um consumo forte dos componentes internos do smartphone possa causar os problemas que referi). Claro que o tipo de utilização que se dá também pode acelerar a degradação da bateria, como por exemplo usar o smartphone a fazer de GPS no verão dentro do carro ao sol, e a carregar tudo ao mesmo tempo (ecrã com brilho ao máximo para se ver bem com o sol direto = calor, CPU constantemente com niveis de uso consideraveis = calor, bateria a carregar = calor, sol a incidir diretamente = calor , a juntar uma capa de protecção que aumenta o efeito de estufa e impede a dissipação de calor tudo junto faz com que a bateria possa estar sujeita a temperaturas acima dos 60graus com níveis de carga próximos dos 100% que é do pior que pode haver para uma bateria) faz com que o smartphone atinja temperaturas muito altas e a bateria tem um desgaste bastante mais acelerado.
      Outro exemplo é fazer vídeos 4k no verão ao sol volta-se ao mesmo problema de ecrã com brilho ao máximo, CPU quase ao máximo, uma capa de proteção que aumenta o efeito de estufa e impede a dissipação de calor, e algumas capas até têm power-bank que mantém a bateria interna do smartphone a carregar, mais uma receita para degradação acelerada. Isto não seria problematico se podesse-mos fácilmente trocar a bateria do smaartphone no fim das férias por uma nova que podia custar menos de 20€ mas esse é que é o problema não é fácil para trocar a bateria na maior parte dos smartphones. Ter de andar a descolar o vidro do ecrã com calor para conseguir abrir o mesmo e chegar ao interior é patético num equipamento que se gaba de ter um CPU super potente capaz de se manter actualizado por muitos anos...
      Agora quem use o smartphone para umas coisitas de vez em quando, mensagens, chamadas, em ambientes frescos que muitas vezes nem tem necessidade de o carregar todos os dias (nem chega a fazer 1 ciclo de carga descarga por dia), a bateria irá durar muito mais até se começar a notar problemas críticos.

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    3. Por acaso até uso muito o smartphone para tudo, jogos, filmes, gps, custou 150€ e ao contrário do anterior que custou 200 e a bateria era do pior que existe até chegar ao ponto de inchar e o tlm morreu em pouco tempo. Este reparei à umas semanas que está com uma curvatura jeitosa não sei porquê mas provavelmente deitei-me por cima mesmo assim continua a funcionar na boa.

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