A Snap vai remover o polémico "speed filter" que apresentava a velocidade actual no Snapchat, depois de um acidente automóvel que vitimou três jovens.
Embora se pudesse assumir que é da responsabilidade de cada um utilizar uma app, ou uma funcionalidade como esta, de forma responsável, os tribunais consideraram que a mesma constituía um incentivo a uma utilização perigosa, permitindo que avançassem processos contra o Snapchat por causa deste filtro. São já vários os processos daí resultantes, tanto por parte das famílias dos três jovens que morreram enquanto tentavam atingir um novo recorde de velocidade para publicarem no Snapchat, como de muitos outros que tiveram acidentes ao tentar proezas idênticas - havendo também outros casos mortais que se suspeita poderem estar relacionados com este filtro.
Ainda assim, não deixa de ser estranho que a Snap só agora tenha removido o filtro, semanas depois de ter passado pelos tribunais e defendido a sua posição - e depois de ter feito alterações que passaram a exibir a mensagem "Don't Snap and drive" para alertar para que não devia ser utilizada enquanto se conduzia; assim como, mais recentemente, impondo um limite de velocidade máxima de 35 mph (cerca de 56 km/h), como forma de desincentivar velocidades mais elevadas. Alterações que agora ficam sem efeito com a remoção total do Speed Filter.
São situações complicadas. Por um lado será sensato as apps e serviços pensarem um pouco antes de lançarem funcionalidades potencialmente perigosas, que têm que ser interpretadas pela perspectiva da natural "inconsciência" dos adolescentes; por outro lado, isso torna-se complicado de fazer com uma geração que está disposta a comer pastilhas TIDE, só porque isso se tornou um fenómeno da internet. Será melhor assumir que a melhor forma é mesmo apostar em dar a melhor educação social possível aos mais novos, para que possam ter um pouco mais de consciência, de modo a que consigam evitar cair nestas "armadilhas".
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Desde que se matem sozinhos é positivo. Idiotas não devem procriar.
ResponderEliminarBasta dizer que nos Estado Unidos, local de onde vieram estas queixas, há todo um negócio de milhares de milhões de dólares de firmas de advogados especializadas em tentar sacar indemnizações a empresas por qualquer tipo de danos/acidentes/mortes que os seus produtos e serviços possam ter causado, uns legítimos, outros completamente ridículos, este fica num meio-termo.
ResponderEliminarMas não deixa de ser ridículo tirar uma opção e uma App que não provocou nenhum dano direto e continuar a vender armas a qualquer um sem restrições.
ResponderEliminar