Procurando forma de se manter relevante para os próximos anos, a Intel vai começar a produzir chips para a Qualcomm e Amazon.
A liderança confortável que a Intel deteve durante décadas com o domínio da plataforma "Wintel" está em risco de desaparecer numa questão de anos. A Intel foi apanhada de surpresa pela evolução dos modestos e aparentemente insuspeitos chips ARM, que começaram por dominar o sector dos smartphones e dos tablets, e que em pouco mais de uma década se tornaram num poderio que já começou a transitar para os computadores portáteis e desktops (veja-se o que a Apple tem feito) e com um ritmo evolutivo que não parece dar grande hipótese ao peso da arquitectura x86 que a Intel se vê forçada a manter.
Enquanto vai repensando estratégias, a solução mais imediata passa por tirar partido da sua capacidade produtiva e começar a produzir chips para empresas externas, anunciando desde já que entre os primeiros clientes se encontram a Qualcomm e a Amazon; e que espera ser capaz de igualar ou superar a TSMC em 2025.
É uma meta ambiciosa, mas que parece não estar a ter em conta o facto da TSMC estar prestes a iniciar a produção de chips em 4nm e 3nm, que a Intel não terá capacidade de produzir nos próximos anos - não sendo por isso de estranhar que a Intel tente escapar à escala dos "nm" e invente uma nova escala que diz ser melhor representativa das suas técnicas avançadas de produção. Em certa parte até tem razão, pois existem diversos elementos a ter em conta além dos "nm" - mas por outro lado estamos a falar de uma empresa que repetidamente também foi reinventando o "consumo máximo" dos CPUs, chegando ao ponto ridículo que temos actualmente, de um CPU poder gastar significativamente mais do que aquilo que diz ser o seu consumo. Por isso, não se podem admirar de não terem grande tolerância nesta sua reinvenção dos "nm" para os beneficiar face aos concorrentes.
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