A Mercedes promete só vender carros eléctricos em 2030. No entanto, acaba por ser apenas um registo de boas intenções sem qualquer validade prática.
Acabada de sair de mais um caso de emissões, do qual só se livrou por ter denunciado os seus cúmplices VW e BMW, a Mercedes diz que só irá vender carros eléctricos a partir de 2030. Uma data que ainda está a uma década de distância, mas que nem mesmo assim vem acompanhada de um compromisso garantido por parte da empresa germânica. Isto porque a Mercedes adiciona um "asterisco" que diz que isto acontecerá apenas "nos mercados onde as condições o permitirem", o que, em linguagem corrente, se traduz por: "vamos continuar a vender carros a combustíveis fósseis onde e como nos apetecer".
Claro que estas intenções podem acabar por ser forçadas pela legislação. Vários países têm avançado com propostas para proibirem a venda de carros a combustão até mesmo antes de 2030 (na Europa fala-se de 2035), e é possível que isso tenha um efeito em cadeia, onde outros países não queiram ficar para trás e façam o mesmo.
O que é certo é que ainda muito há por fazer para tornar os eléctricos mais apetecíveis, como melhores infraestruturas para carregamentos, garantir que não se repetem casos como o do Chevy Bolt que levantam receios quanto ao rico de incêndios e, claro, ter modelos no mercado que não tenham preços inflacionados artificialmente face aos carros tradicionais. Não faz qualquer sentido que um eléctrico seja mais caro que um híbrido, que combina toda a mecânica do motor a combustão com toda a parte dos motores eléctricos e bateria (embora com menor capacidade).
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário (problemas a comentar?)