Após nove meses de longas demoras, o leilão para a atribuição das frequências 5G em Portugal chegou finalmente ao fim, com as principais operadoras nacionais a terem garantido o seu quinhão para avançarem com a activação do serviço.
O processo para se ter 5G em Portugal foi mais um caso infeliz, que já quase fazia recordar o desastre da transição para a TDT. Mas, após mais de nove meses e de 1700 rondas, a leilão chegou ao fim com um montante atingido de 566 milhões de euros. A NOS foi a operadora que mais investiu (165 milhões), seguida da Vodafone (133 milhões), MEO Altice (125 milhões), Nowo Masmóvil (70 milhões), Dixarobil (67 milhões) e Dense Air (5.7 milhões).
A NOS já se assumiu como a "vencedora" do leilão, tendo conseguido 100 MHz nos 3.6 GHz e 2x10 MHz nos 700 MHz, e reforçando a gama de frequências 4G com 2x5 MHz nos 2100 MHz e 2x2 MHz nos 900 MHz. A Vodafone conseguiu 90 MHz nos 3.6 GHz e e 2x10 MHz nos 700 MHz. Sendo que neste momento, a MEO ainda não nos informou sobre as frequências que conseguiu reservar.
O mais importante de tudo isto é que, com este capítulo encerrado, as operadoras podem finalmente avançar com o serviço 5G em Portugal, que tem estado "preso" na era do 4G enquanto muitos outros países já deram o salto para a geração seguinte. Esperemos que, com as novas velocidades permitidas, as operadoras aproveitem também a oportunidade para reajustar os reduzidos limites de dados que continuam a praticar no nosso país, e comecem a transitar para tarifários com dados ilimitados a preços idênticos aos que são praticados noutros países europeus, acabando de vez com a praga dos tarifários zero-rating.
2021/10/28
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A transição para o 4G, com o processo da TDT foi ridículo e grave, muito grave a forma como o porta-voz da Anacom falava na altura.
ResponderEliminarCom a quantidade inacreditável de propaganda anti-ANACOM que as operadoras lançaram na comunicação social nos últimos tempos só posso assumir que foi um leilão bom para os consumidores.
ResponderEliminarÉ evidente que eles agora irão aproveitar bem esse filão, como sempre fazem!, vendendo-nos pacotes com dados "ilimitados" a preços bem salgados. E quem não quiser pagar mais caro vai ter que continuar na mesma como a lesma!
ResponderEliminarChamem-me naife, burro ou o que quiserem, mas tendo em conta que vivemos num país tão pequeno, este tipo de infraestruturas vitais para a população/sobenaria nacional deviam estar sob controle do estado e não de privados.O Estado pode abjudicar as obras de instalação a privados (boys, primos, afilhados, etc) e "arrendar" a infraestura no final aos privados/primos/afilhados.
ResponderEliminarIsto é sobre o 5G, mas para mim também se podia aplicar à rede eléctrica, saneamento, àguas....