A ADAC alemã fez um teste aos consumos reais dos automóveis eléctricos, onde eficiência de circulação e de carregamento obrigam a reajustar a mentalidade dos litros por km.
Temos mais de um século de referência dos consumos dos automóveis em "litros por 100 km", e com a transição para os carros eléctricos teremos que nos habituar à escala dos kWh por 100 km. Mas há uma coisa que se mantém comum de ambas as formas: os fabricantes são sempre demasiado optimistas nos consumos anunciados que ficam (quase) sempre aquém dos consumos reais, como demonstrado por este teste de consumos da ADAC.
Num extremo da escala temos veículos como o Hyundai ioniq com consumos de 16.3 kWh / 100 km, ou o Kauai (Kona) com 16.7 kWh / 100 km; no outro temos o Volvo XC40 Pure Electric e Polestar 2, com 28.8 e 29.2 kWh / 100 km respectivamente.
Curiosamente, a excepção à regra de que o consumo real é sempre superior ao anunciado é conseguido pelo Porsche Taycan 4S, que obtém um consumo de 23.6 kWh / 100 km, abaixo dos 26.2 kWh / 100 km anunciados.
Mas há um detalhe adicional. Estes consumos reais são contabilizados tendo em conta a eficiência de carregamento. Pois de pouco serve ter um carro com bateria de 100 kWh que para ser recarregada gaste 200 kWh. E nesse campo preparem-se para algumas surpresas. Encher o depósito (figurativamente falando) de um Tesla Model 3 de 75 kWh faz gastar quase 89.5 kWh; um valor que também adquirirá bastante importância na transição para este novo mercado de carros eléctricos.
Por agora, apontem para os 20 kWh / 100 km como um valor médio de referência. Abaixo disso será sempre bom, muito acima disso será "menos bom". Esperemos que com o evoluir da tecnologia, estes consumos também possam ser reduzidos ainda mais à medida que os fabricantes forem lançando novas gerações de baterias e motores.
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Ena, não fazia ideia de que a falta de eficiência aquando do processo de carga pudesse ultrapassar os 10 por cento!
ResponderEliminarEsse sim, é o verdadeiro gastos que há que considerar, pois efetivamente, o proprietário do carro paga a eletricidade que obtém para carregar as baterias, não a energia armazenada. 😳
Já vi e já fiz vários testes de eficiência em carregamento e os resultádos foram sempre que quanto mais lento maior a % de perda, chegando a ter 20% de perda a carregar a 2kW (num carregador de ficha normal em casa, schucko) mas apenas 3% a 100 kW por exemplo.
EliminarInfelizmente o carregador do Zoe é bem conhecido pela sua ineficiência...
ResponderEliminarJá a Tesla só as vezes...
1 litro de gasóleo tem o equivalente a 10.96 kWh e gasolina 9,6 kWh.
ResponderEliminarFaçam as contas aos vossos carros "tradicionais" e vejam se não compensa desperdiçar mesmo assim energia no processo de carga nesta geração de carregadores e baterias elétricas...
Adoro quando pessoal fala de coisas que não entende minimamente.
EliminarSim 1 litro de diesel tem mais ou menos 10 kWh de energia, mas desses 10 kWh, 2 a 3 fazem mexer o carro. Por isso estares praí a falar em "10.96" como se isso interessasse alguma coisa é no mínimo para rir.
no meu Leaf 40, o consumo registado (pelo carro), com a minha condução (mix de AE com passeio de "mete nojo" anda abaixo dos 14kWh. Mesmo com um addon de ineficiencia de carregamento mais "correção" de, digamos, 20%, fica abaixo dos 17kWh/100km. Em casa, Bi-horario, com tarifa de mobilidade, pago a 0.08€ o Kwh. o que dá 1.36€/100Km (mais iva). Um ICE, que vá, consuma 6 de média, com (optimista) gasoleo a 1.40, custa 8.40€/100 (e nao vou meter aqui a diferença escandalosa dos custos de manutenção). Claro que os media do costume, nada patrocinados, andam com estórias de qnt custam produzir baterias, reciclagem das mesmas, bla bla. Claro, só fundir um bloco de um motor convencional deve libertar oxigenio :). E os oleos. e os filtros. Tudo coisas bio degradáveis. É só fazer contas...
ResponderEliminarObrigada
EliminarCarregar em casa nao serve de exemplo. Se consideramos o carregamento nas estações para o efeito e a uma média de 5.5€ por10kwh, fica mais caro e se juntarmo o custo de aquisição, nao é solucao este tipo de veículos. Ainda temos que auto consumo que está diretamente afetado pela temperatura exterior, o desgaste da bateria em reter a energia ao longo dos anos e o desperdício no carregamento. Tudo isto somado, o VE é desfavotavel. Mais barato qur carregar em casa, é na tomada do vizinho. Nas manutenções apenas as partes relativas ao motor o VE é ligeiramente favoravel, pois o resto, pastilhas discos filtros, mantém-se. N entanto quando acontecer a mudança das baterias, então ai lá vai a poupança das revisões. Claro que com a degradação das baterias ao longo dos Kms o custo da eficácia dos carregamentos em perdas, aumenta o custo por 100kms. No final e quem nao carrega em casa e melhor instalar varias app de paciencias para passar o tempo enquanto esta na rua a carregar. Compreendo quem tenha optado por comprar VE tenha que publicamente o defender, mas coitado do travesseiro durante a noite. Mas felismente que há pessoas para pagar a investigação, eu vou esperar.
ResponderEliminarEssa é boa, a do custo de trocar de baterias... basta ver quantos aqui teem carros com mais de 8 anos ou 160m kms. Talvez 70 ou mais por cento das pessoas da tuga teem carros com menos de 6/8 anos. As baterias com a degradacao normal ao fim de 15 anos ainda teem pelo menos 50/60% da sua capacidade. Quantos de nós temos carros com mais de 15 anos? Por isso o electrico ganha sempre. So se do dia para a noite metade do povo passa-se a ter carros com mais de 15 anos. Façam contas. Quando acaba a garantia das baterias ja tiveste uma diferença para um ICE de poupança de 30mil euros. Fazendo uma media de 50kms por dia apenas. Comparando um tesla com um ICE. E ao fim de 8 anos ainda tens mais de 90% de carga na bateria de um tesla. É ver as reviews. A degradação é minima. Claro que tens de ter parqueamento ou garagem para carregar. Nao vais estar na rua à espera de carregar.
EliminarNão está a fazer bem as contas. Quem compra um elétrico tem que ter algumas condições. A tecnologia tem que ser aperfeiçoada. Mas os custos compensam o elétrico e muito. Agora há que mudar o CPU de algumas pessoas, por causa da bateria. Uma coisa é certa, tal como há regras em relação aos combustíveis, não vais colocar gasóleo num carro a gasolina, também tens regras de manter a bateria sempre entre os 20 e 80%. Até os telemóveis e Pcs têm essa opção. E diga-se que o meu Asus já tem mais de 4 anos e a bateria ainda dura quase 85% do tempo em Nova.
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EliminarCarregar em casa não serve de exemplo porquê? Essa agora é boa. é literalmente onde a grande maioria dos utilizadores de eléctricos carregam quase exclusivamente.
EliminarQuando o pessoal quer inventar para fazer as coisas parecerem mal, vale tudo.
Já que querem por as coisas nesses moldes tb podemos falar em meter painéis solares e carregar o carro quase de graça. No caso dos combustíveis fosseis (e hidrogénio) a única alternativa é comprar o combustível nas bombas de gasolina ao preço e com os impostos que quiserem.
EliminarJá tenho dito muitas vezes que o carro elétrico não é para todos, mas sim para quem tiver disposto a mudar alguns hábitos.
Também deve haver diferença na eficiência (ou desperdício) do carregamento conforme se trata de um carregamento rápido ou lento.. E nem estou a falar nas perdas dos cabos (se os cabos forem finos e longos até ao lugar de estacionamento onde carrega) vai haver mais desperdícios nos cabos quando maior for a corrente de carga.
ResponderEliminarNeste site tem toda essa informação, só não tem mesmo o desperdício do carregamento, algo que nunca tinha pensado.
ResponderEliminarhttps://wattson.pt/mercado/
Afinal até têm isso em consideração:
EliminarConsumo global: dados fornecidos oficialmente pelo fabricante. Incluem perdas no carregamento. Consumo do veículo: cálculo da quantidade de energia gasta para a propulsão e para os sistemas embarcados.