As novas gerações podem estar habituadas a ter a internet na palma da mão desde que nasceram, mas há algo que nunca tiveram o privilégio de conhecer: o mundo dos telemóveis cuja autonomia dava para várias semanas. Nos tempos áureos dos telemóveis, depois de se ter passado pela fase dos telemóveis mais pequenos e finos, entramos numa fase em que um dos argumentos de peso e que era amplamente publicitado era a autonomia. Autonomia para 3 dias, para 7 dias, para 2 semanas, cada novo modelo esforçava-se por superar os anteriores, e pode ser que em breve se regresse a essa fase.
A Samsung e IBM estão a trabalhar num novo process de fabrico dos chips que possibilita empilhar transístores verticalmente uns sobre os outros - VTFET (Vertical Transport Field Effect Transistors), funcionando como evolução do actual sistema FinFET, permitindo aumentar drasticamente a densidade e eficiência dos chips. Supostamente, este VTFET permitirá duplicar o desempenho ou reduzir o consumo em 85%(!) o que seria um avanço verdadeiramente revolucionário.
Dito isto, a promessa do smartphone para uma semana (sem ser daqueles que se podem considerar power banks com smartphone integrado) poderá não estar para breve. O SoC do smartphone tem um peso importante, mas é apenas um de vários elementos que têm grande impacto no consumo, como também é o caso do ecrã. Mas, qualquer melhoria na eficiência ou desempenho nesta gama de valores é sempre bem vinda, e seguramente será ainda mais apreciada no caso de dispositivos ainda mais compactos, como os smartwatches e os esperados óculos de realidade virtual e realidade aumentada que se esperam para os próximos anos.
Para mim, seria a melhor inovação nos dispositivos móveis. As autonomias são lastimáveis nos smartphones.
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