Depois dos serviços que monitorizam os alunos durante os exames, chega um sistema de Inteligência Artificial da Intel que promete detectar os alunos distraídos, aborrecidos ou confusos.
A aplicação de AI ao reconhecimento visual não é nada de novo e tem sido aplicado nos sistemas de vigilância em países como a China (e não só) para identificar pessoas e a sua disposição emocional. Agora, temos a empresa Classroom Technologies a querer aplicar o mesmo princípio às salas de aula virtuais, tirando partido do sistema de reconhecimento de emoções da Intel.
O sistema funcionará nas aulas remotas dadas via Zoom, e manterá o seu olhar artificial sobre os rostos dos alunos, categorizando o seu nível de atenção (ou desatenção), ou se estão confusos, ou aborrecidos, ou a dormir.
É uma ferramenta que gera polémica, havendo os que a consideram apenas como "ferramenta" que auxiliará os professores que têm que lidar com turmas numerosas que se tornam (ainda mais) difíceis de gerir no caso de aulas à distância, e os que consideram que ultrapassa os limites do aceitável.
Num mundo perfeito, em vez de se estar a apostar em tecnologia de vigilância massiva e automatizada sobre os alunos (ou cidadãos, ou trabalhadores, já que esta tecnologia está a disseminar-se por inúmeras áreas), melhor seria em apostar na melhoria das condições para que não houvesse motivos para que um aluno tivesse que se sujeitar à análise de um algoritmo emocional. Se cada professor tivesse que lidar apenas com uma dezena de alunos por turma, poderia dispensar a necessidade de tais sistemas, tendo capacidade para ver como cada um deles estaria a reagir.
Sem comentários:
Enviar um comentário (problemas a comentar?)