O negócio da Google está intimamente ligado à utilização de cookies, e enquanto vai trabalhando no seu sucessor (depois do FLoC ter levado um chumbo colectivo que, apesar da insistência da Google, acabou por levar ao seu abandono - ou, pelo menos, numa sua transformação para a proposta seguinte) tem que ir pagando pelas liberdades utilizadas.
A França tem sido um terreno "minado" para a Google, não dando tréguas ao tracking que a Google faz na web. E isso agora resulta numa alteração no ecrã de aceitação de cookies que a Google irá apresentar aos utilizadores europeus.
A maioria dos utilizadores, entre aceitar tudo ou ter o trabalho de personalizar os cookies, implicitamente clicaria no aceitar tudo só por ser mais simples e rápido. Tendo uma opção rápida para recusar tudo, será também uma opção que imediatamente se torna mais apetecível. Dito isto, continua a ser profundamente ridículo que, nesta altura, ainda se esteja a fazer com que as pessoas sejam forçadas a clicar em popups de aceitação de cookies em todos os sites que visitam. Há muito que esse foco deveria ter migrado para opções nos browsers, que são quem realmente tem controlo sobre os cookies, e que podem facilmente bloquear ou aceitar cookies de sites ou serviços, independentemente do que um popup num site disser que faz (e podendo nem sequer o fazer na prática).
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